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MCTI participa de cerimônia para entrega do Prêmio Almirante Álvaro Alberto
Fotos: Neila Rocha - (ASCOM/SEAPC/MCTI)
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, participou na quarta-feira (4) da sessão solene de entrega do Prêmio Almirante Álvaro Alberto para a Ciência e Tecnologia, realizado no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. O Prêmio é uma parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em conjunto com a Marinha do Brasil, e é entregue ao pesquisador que tenha se destacado pela realização de obra científica ou tecnológica de reconhecido valor para o progresso da respectiva área de conhecimento. Na ocasião, o ministro também prestigiou a posse de Helena Nader, como a primeira mulher presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), a posse da nova diretoria da ABC e apresentação de novos membros.
O cientista contemplado com o Prêmio desta 34ª edição, é o Professor doutor, Jailson Bittencourt de Andrade, que é professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Pró-Reitor de Pós-graduação e Pesquisa do Centro Universitário SENAI-CIMATEC. O professor tem atuado em pesquisas científicas que envolvem química inorgânica, química analítica, química ambiental e energia e combustíveis. Com a conquista do prêmio, que esse ano foi direcionado a área de conhecimento de Ciências Exatas, da Terra e Engenharia, Jailson Bittencourt de Andrade, agradeceu o recebimento da honraria e destacou o papel da ciência. “Sem a ciência, sem a tecnologia, sem a inovação e sem a educação, nós não teremos soluções”, disse o homenageado.
O ministro do MCTI destacou que “apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico é o papel do MCTI, e esse é um processo que exige a cooperação das instituições”. Paulo Alvim também ressaltou o fortalecimento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT, que tem como objetivo dar apoiar financeiramente programas e projetos prioritários de desenvolvimento científico e tecnológico nacionais, tendo como fonte de receita os incentivos fiscais, empréstimos de instituições financeiras, contribuições e doações de entidades públicas e privadas. “Este ano, a gente vai praticar o FNDCT na sua integralidade. E isso é algo que nós não perderemos mais. Mas para isso, a gente precisa estar junto. Isso nos permitirá fazer premiações e comemorações como a da Jailson. Onde nós, todos os anos, poderemos estar em algum lugar desse país comemorando os êxitos e sucessos da ciência Brasileira”, declarou.
Em sua fala, o presidente do CNPq, Evaldo Ferreira Vilela, enfatiza a importância do MCTI, da ABC e da Marinha do Brasil, para o fortalecimento do conhecimento técnico-científico, e parabenizou a todos os homenageados da noite. “A ciência é um dos mais sólidos pilares do desenvolvimento do Brasil”, afirma. “É preciso nesse cenário desafiador imposto pelas grandes transformações mundial, reforçarmos o esforço coletivo para mais apoios para pesquisa “, disse.
O diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha do Brasil, Almirante-de-Esquadra, Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, enalteceu as parcerias com a esquadra brasileira e o fortalecimento da ciência. “Transmito o reconhecimento da Marinha pela parceria e condução de pesquisas em proveito do desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil”, afirmou.
Academia Brasileira de Ciências elege a primeira presidente mulher em sua história
Em 106 anos de trabalhos desenvolvidos em favor da ciência, é a primeira vez que a ABC tem como presidente uma mulher. A biomédica Helena Bonciani Nader assumiu o cargo durante reunião magna da Instituição também na noite de quarta-feira (4). Também tomou posse a nova diretoria da ABC, para o triênio 2022-2026. A professora do Departamento de Bioquímica, da Universidade de São Paulo (USP) sucede o professor Luiz Davidovich, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A presidente da ABC, também é professora titular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Helena possui um currículo acadêmico e profissional admirável, e em todo esse período tem apoiado o avanço da ciência e da educação brasileira, além de ser reconhecida internacionalmente por seus estudos na área da saúde.
Em um momento marcante na história da Instituição, com a eleição de Helena Nader para o cargo, o presidente da ABC, Luiz Davidovich, em seu último pronunciamento como representante da Academia, fez um balanço positivo das parcerias com diversas instituições para o fortalecimento da ciência, tecnologia e inovação do país, e da valorização das mulheres no campo cientifico. “Destaco que dos 13 membros titulares, 8 são mulheres, um avanço sensível em relação a proporção atual de 18% dos membros titulares da ABC, então esse é o reconhecimento da importância das mulheres na ciência brasileira”, declarou.
A nova presidente da Academia Brasileira de Ciências, Helena Bonciani Nader, em seu discurso de posse, cumprimentou o ministro Paulo Alvim, além das Instituições parceiras, e manifestou o desejo da continuidade do trabalho em conjunto da ABC com o MCTI, para o fortalecimento da ciência. “Passados mais de 100 anos da sua fundação, é importante reconhecer o que a ABC conquistou graças ao trabalho das diversas diretorias: reconhecimento nacional e internacional, para os temas de educação, ciência, tecnologia, e inovação, passando a integrar de forma efetiva o sistema nacional de ciência tecnologia e inovação”, disse. “A ABC faz parte dos principais conselhos nacionais voltados para essas áreas, e produz conhecimento e emita opinião com embasamento científico”.
O ministro Paulo Alvim mencionou a importância da eleição de Helena Nader, como a primeira presidente mulher da Instituição. “A posse da professora Helena é um fator de inspiração, e sua ascenção à presidência da Academia Brasileira de Ciências tem um significado muito grande para mulheres na ciência. Ela é um exemplo como pesquisadora, mas mais que isso, é uma demonstração que a mulher pode chegar em qualquer lugar, e nesse sentido, ela vai inspirar um contingente muito grande de mulheres que estão hoje atuando na universidade, na atividade da pesquisa, desenvolvendo soluções que a sociedade precisa, e isso é algo que é um ponto de inflexão muito significativo nessa percepção do papel da mulher na sociedade e na ciência Brasileira”, afirmou.
O ministro finalizou o seu discurso convocando a todos para que estejam empenhados para que a ciência brasileira mostre cada vez mais o comprometimento com os resultados para a sociedade. “Temos que mostrar o que a ciência e a tecnologia brasileiras são capazes de fazer. Num desafio de construir uma nação desenvolvida, inclusiva e sustentável. Não existe em lugar nenhum desse planeta, país ou nação, desenvolvida, que não fortaleça as suas ações de educação, ciência e tecnologia. Não temos muita alternativa. O caminho é esse, mas é fundamental que estejamos todos juntos, integrados no mesmo propósito”, concluiu.
O Prêmio Almirante Álvaro Alberto
O Prêmio leva o nome do fundador e primeiro presidente do CNPq e foi instituído em 1981. É atribuído ao pesquisador que tenha se destacado pela realização de obra científica ou tecnológica de reconhecido valor para o progresso da sua área. O Prêmio é concedido de forma anual, em sistema de rodízio, a uma das três grandes áreas do conhecimento: Ciências da Vida; Ciências Exatas, da Terra e Engenharias e Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes.
Academia Brasileira de Ciências
A Academia Brasileira de Ciências (ABC), fundada em 1916, é uma entidade independente, não governamental e sem fins lucrativos, que atua como sociedade científica honorífica e contribui para o estudo de temas de primeira importância para a sociedade, visando dar subsídios científicos para a formulação de políticas públicas. Seu foco é o desenvolvimento científico, educacional e do bem estar social do país, além da interação entre os cientistas brasileiros e destes com pesquisadores de outras nações.