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EMBRAPII/MCTI, MEC e BNDES investem no desenvolvimento de tecnologias no Norte do Brasil
A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), vai selecionar até 10 Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) da região Norte para integrar seu ecossistema de inovação. O objetivo da iniciativa é promover a pesquisa e o desenvolvimento de soluções inovadoras na região amazônica, em áreas como materiais avançados, bioeconomia florestal, economia circular, biotecnologia e biofarmacos. A iniciativa ocorre em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Cada instituição selecionada vai receber cerca de R$ 3 milhões para atuar como uma Unidade EMBRAPII, em projetos de inovação demandados pela indústria. Uma das vagas será preenchida, exclusivamente, por grupos candidatos de universidades federais. O acordo contempla o desenvolvimento de soluções inovadoras na área de transformação digital, defesa, novos materiais, bem como quatro temas relacionados à sustentabilidade social e ambiental: bioeconomia florestal, biocombustíveis, economia circular e tecnologias estratégicas para o Sistema Único de Saúde.
O anúncio da chamada pública para seleção das instituições foi realizado nesta terça-feira (31), durante avento online que contou com a participação do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim; do diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Guimarães; do presidente do BNDES, Gustavo Montezano; do secretário de Ensino Superior do MEC, Wagner Vilas Boas, dentre outras autoridades.
Em sua fala, o ministro Paulo Alvim destacou a excelência da ciência desenvolvida nas universidades públicas e nos institutos federais do país. “Eles efetivamente começam a transbordar e contribuir para transformar o conhecimento em riqueza e parcerias para o setor empresarial. O engajamento por mérito é uma valorização dos ICT´s brasileiros, é a força do conhecimento e da ciência brasileira”, avaliou.
O secretário de Educação Superior do MEC, Wagner Vilas Boas, reforçou a importância da convergência de esforços dos órgãos para um desenvolvimento igual de todas as regiões do país. “Agora estamos nos unindo, MEC, MCTI, BNDES e EMBRAPII, para estimular o avanço da pesquisa na região Norte e ampliar o número de Unidades EMBRAPII. Há sete estados nesta região e 12 universidades federais com potencial para se tornarem novas unidades”, defendeu Vilas Boas.
O diretor-presidente da EMBRAPII, Jorge Guimarães, avalia que, ao conhecer o modelo operacional da entidade, os futuros candidatos a serem Unidade poderão trabalhar dentro dessa lógica de que o Brasil precisa desenvolver cada vez mais o componente tecnológico. “Temos obtido bastante sucesso na área da pesquisa básica, mas a tecnologia precisa ser também reconhecida como fundamental para o desenvolvimento do país, da economia, da geração de emprego e de impostos. De todas as unidades espalhadas pelo Brasil, poucas se concentram na região Norte. Esperamos alcançar o número de 100 Unidades EMBRAPII até o final do ano”, projetou.
Atualmente, existem 76 Unidades EMBRAPII credenciadas, com infraestrutura de ponta e pesquisadores qualificados para apoiar a indústria a superar seus desafios tecnológicos. Elas estão à frente de mais de 1500 projetos que somam R$ 2 bilhões em investimentos, envolvendo cerca de 1.100 empresas e contabilizam mais de 500 pedidos de propriedade intelectual. Somente em sustentabilidade e economia circular, a EMBRAPII já investiu cerca de R$ 170 milhões para o desenvolvimento de 130 projetos de empresas.
A seleção de novos grupos de pesquisa em Universidades Federais vai fomentar a conexão da Academia com o setor industrial – o que potencializa a alavancagem recursos privados no desenvolvimento de projetos de inovação em ambiente universitário e contribui para à formação profissional dos estudantes. Até o momento, há 26 Unidades EMBRAPII em rede federal de universidades.
Sobre a EMBRAPII
Criada em 2013, a EMBRAPII é uma organização social vinculada ao MCTI. Por meio de recursos não reembolsáveis, ela fomenta a inovação por meio de parcerias entre empresas e instituições de pesquisa públicas e privadas. Seu modelo de atuação permite agilidade, flexibilidade e risco reduzido no apoio a projetos de PD&I das empresas. A EMBRAPII possui a vantagem de atuar em fluxo contínuo, ou seja, a qualquer momento a empresa pode desenvolver projetos sem a necessidade de esperar por edital e sem valor mínimo por projeto, permitindo o apoio à inovação com agilidade, flexibilidade e sem burocracia. Em média, os projetos apresentados pelo setor produtivo são contratados e iniciados em um mês.