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Em Cuiabá, AEB/MCTI realiza evento sobre tecnologias espaciais para o agronegócio
Foto: Neila Rocha - ASCOM/MCTI
A Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), realizou nesta terça-feira (24), em Cuiabá (MT), o evento “Agro: tecnologias e aplicações espaciais”. Com a participação da academia e instituições públicas e privadas, o evento visa contribuir com o setor do agronegócio, apresentando estudos de casos e soluções inovadoras baseadas no uso de tecnologias espaciais voltadas ao aprimoramento da produção agrícola e ao desenvolvimento do setor de forma sustentável.
A ideia é que o conhecimento adquirido inspire soluções inovadoras para os problemas enfrentados no setor e viabilize, a partir da utilização de tecnologias espaciais, um aprimoramento das práticas agrícolas. Também é esperado um melhor gerenciamento das culturas, a modernização dos processos produtivos representando assim uma oportunidade de sustentabilidade econômica, social e ambiental de toda a cadeia produtiva.
O ministro do MCTI, Paulo Alvim, participou da cerimônia de abertura e destacou a relevância do encontro no estado. “Fazer esse evento em Mato Grosso, pensando o agro com tecnologias espaciais e de satélites demonstra o quanto precisamos dessas tecnologias”, avaliou. Alvim lembrou que o Brasil, com o uso da tecnologia, deixou de ser importador de alimentos para alimentar quase um bilhão de pessoas no mundo, com o desafio de alimentar metade da população global até 2050.
“O desafio vai pela transversalidade das outras tecnologias que vão levar transformação digital, satélites, conectividade, acelerando tremendamente e garantindo aumento de produtividade e sustentabilidade do agronegócio brasileiro”, afirmou. Sobre sustentabilidade, o ministro ressaltou que o agronegócio brasileiro já tem produção sustentável, e as tecnologias espaciais vão dar segurança e garantir melhores práticas de produção de baixo carbono.
O ministro concluiu sua fala tratando sobre o novo momento do programa espacial brasileiro. “Não temos dúvidas de quem vai acelerar o uso de soluções satelitais no país é o agro e o setor privado”, pontuou. “Avançar na tecnologia espacial não é só ir para o espaço, mas também se apropriar das tecnologias espaciais para melhorarmos o planeta”, concluiu.
O presidente da AEB/MCTI, Carlos Moura, também participou da mesa de honra e falou sobre as oportunidades oferecidas pelo mercado no setor espacial. “Como os sistemas espaciais podem ajudar? Acreditamos que eles são uma infraestrutura crítica nacional que afeta diversos setores, agro, energia, transportes”, falou. “O Brasil pode e deve fazer muito mais - o mercado espacial hoje gira em torno de US$ 400 bilhões, podendo chegar a US$ 1 trilhão”. Segundo Moura, 80% desse valor está ligado às aplicações espaciais, que não fazem parte da infraestrutura de lançamento de foguetes e artefatos espaciais, mas sim do uso das informações que são geradas.
Também participaram da abertura o reitor da Universidade Federal do Mato Grosso, Evandro Soares da Silva, o coordenador do Parque Tecnológico – MT, representando o secretário de Ciência e Tecnologia e Inovação, Rogério Nunes, o senador da República Wellington Fagundes (PL-MT), o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (FAMATO); Marcos da Rosa, a chefe de pesquisa e desenvolvimento na Embrapa Territorial, Lucíola Alves, entre outros convidados e autoridades.
O evento foi idealizado pela Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI) e instituições do Mato Grosso, em decorrência de diálogos interinstitucionais e identificação de sinergias entre a AEB/MCTI, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT), a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECITECI - MT) e o Instituto SENAI de Tecnologia em Mato Grosso (SENAI MT), no que diz respeito à aplicação de tecnologias espaciais na agricultura, voltadas ao aprimoramento da produção e ao desenvolvimento do setor de forma sustentável.