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Brasil e China debatem cooperação no setor espacial e parcerias em C,T & I
Foto: Gustavo Magalhães/MRE
A parceria entre Brasil e China no setor espacial foi um dos temas de destaque debatidos durante a VI Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN). A reunião realizada nesta segunda-feira (23), no Palácio do Itamaraty, foi conduzida pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e contou com a participação presencial e virtual de autoridades brasileiras e chinesas de diversos setores, incluindo representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Na COSBAN, o MCTI coordena a subcomissão de Ciência e Tecnologia e participa, ainda, da subcomissão de Indústria e Tecnologia da Informação. A Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), autarquia vinculada ao ministério, coordena a subcomissão de Espaço.
Durante o encontro, a presidente em exercício da AEB/MCTI, Letícia Morosino, destacou as relevantes conquistas e avanços da cooperação técnico-científica sino-brasileira. “Brasil e China têm um longo histórico de amizade, pragmatismo e bons resultados, e devemos manter forte esse laço entre nossas nações. No setor espacial, mantemos, há 30 anos, a cooperação CBERS, que já enviou seis satélites ao espaço. Esses equipamentos fornecem imagens estratégicas de observação da Terra, que contribuem, principalmente, para a agricultura, silvicultura, monitoramento de queimadas e desmatamento de florestas. Sigamos com essas parcerias tão valiosa”, pontuou Letícia Morosino.
Zhang Kejian, diretor-geral de Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria para Defesa Nacional da China, ressaltou: “são inúmeros os frutíferos resultados mútuos obtidos por nossos países ao longo de tantos anos de cooperação. Portanto, é preciso darmos continuidade a esse trabalho conjunto, cada vez mais focados no desenvolvimento de tecnologias inovadoras”.
Para o vice-ministro da Ciência e Tecnologia chinês, Zhang Guangjun, há importantes linhas de pesquisa a serem estudadas pelos cientistas brasileiros e da China. “Nosso histórico de parcerias científicas é repleto de conquistas e resultados positivos para ambas as nações. Acredito que é o momento de focarmos no desenvolvimento de novas soluções para as mudanças climáticas, nanotecnologia, energia renovável, internet das coisas e estudo do espaço, com a criação do Observatório Sino-Brasileiro de Clima Espacial”, concluiu o vice-minsitro Guangjun.
Além da cooperação tecnológica entre Brasil e China, ainda foram debatidas na VI Sessão Plenária da COSBAN cooperações para o setor agropecuário, segurança alimentar, educação e cultura, energias renováveis e o BRICS.
Sobre a COSBAN
A COSBAN é chefiada pelo vice-presidente da República, que convida representantes das pastas ministeriais para auxiliá-lo, juntamente com o secretário-geral do Itamaraty. É uma reunião de cunho político-econômico e que, de certa forma, molda o relacionamento bilateral nas diferentes temáticas. A última sessão plenária da comissão havia sido realizada há três anos, em Pequim, China.
Durante a VI Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, o MCTI foi representado pelo ministro Paulo Alvim; pelo secretário de Empreendedorismo e Inovação José Gustavo Gontijo; Bernardo Milano, chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais; Ricardo Mangrich, assessor especial do ministro; Vânia Gomes, coordenadora-geral de Cooperação Bilateral e Letícia Morosino, presidente em exercício da AEB/MCTI.