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Ministro do MCTI participa de cerimônia de abertura de escritório da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, em Brasília
Foto: Wesley Sousa - ASCOM/MCTI
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, participou na noite de terça-feira (19) da cerimônia de abertura do escritório, em Brasília, da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. Em 2022 a entidade completa 70 anos de atuação e apoio de negócios entre empresas brasileiras e árabes, contribuindo para o incremento do intercâmbio bilateral. Com a iniciativa, a Câmara espera estreitar a interlocução com agências e ministérios do governo federal do Brasil e dos países da Liga Árabe, além das 19 embaixadas árabes sediadas em Brasília.
“Já temos uma relação estreita com a Câmara Árabe, principalmente com o escritório de São Paulo. Ter um escritório em Brasília, onde funciona o MCTI, facilitará muito na questão de cooperação das questões científica tecnológicas. Possuímos cooperações com a maioria dos 22 países do grupo e essa base em Brasília vai fortalecer ainda mais essas parcerias”, avaliou Paulo Alvim que também destacou outras parcerias do MCTI com a Câmara.
“Começamos a exercitar a partir do contado com o escritório de São Paulo a possibilidade de cooperação empresarial, principalmente com startups. Também tivemos presente na inauguração do espaço 4.0 em São Paulo e na ExpoDubai em 2021”, relembrou o ministro do MCTI.
Outro objetivo da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira é dinamizar a prestação de serviços de verificação documental prestado às empresas locais já com clientes nos países da Liga Árabe e, principalmente, as ações de prospecção de novas oportunidades de negócios nos dois lados da parceria comercial.
“Vamos estar também mais próximos das empresas do Centro-Oeste e Norte do Brasil, que já têm comércio firme com a Liga Árabe, sobretudo de alimentos. Mas certamente podem ampliar suas vendas ao bloco”, afirmou o presidente da entidade, Osmar Chohfi. “Da mesma forma, vamos identificar mais facilmente oportunidades para empresas árabes construírem cooperações estruturais com as brasileiras, que vão além do mero intercâmbio de bens”, explicou.
O escritório de Brasília é a quarta unidade da Câmara Árabe aberta nos últimos quatro anos. Em 2018, a entidade abriu uma filial em Itajaí (SC), que presta serviços documentais às empresas que escoam seus produtos pelo porto catarinense. Em 2019, foi a vez dos Emirados Árabes Unidos de receber representação da entidade, em Dubai. No final de setembro de 2021, a Câmara Árabe inaugurou outro escritório no Cairo, Egito, e deve abrir mais uma filial este ano na capital saudita, Riad.
Chohfi, que foi diplomata de carreira no Itamaraty por mais de quatro décadas, diz que a estratégia de diversificar os pontos de presença tem rendido frutos na forma de novos negócios. Segundo ele, a maior proximidade tem estimulado empresas de ambos os lados a explorar oportunidades, principalmente as organizações do lado árabe, que veem no mercado brasileiro perspectivas para o crescimento de suas exportações. Além disso, o escritório de Brasília deve facilitar a interlocução com o Legislativo nas tratativas referentes a acordos de livre comércio e de facilitação de investimentos com a região. Atualmente, o Brasil tem apenas um entendimento de livre comércio vigente na região, com o Egito. Firmado no contexto do Mercosul, o acordo nos últimos três anos vem promovendo a diversificação da pauta comercial dos dois países. O dirigente lembra ainda que o Brasil tem um único acordo de facilitação de investimentos com os Emirados Árabes Unidos. Fundos do país têm participado dos leilões de concessões de infraestrutura o Brasil, incluindo refinarias e transporte público. A formalização e mais acordos dessa natureza certamente vão atrais mais capitais árabes para o Brasil.
Altamente complementar, o comércio entre o Brasil e a Liga Árabe soma US$ 24,25 bilhões. Ano passado, o lado brasileiro exportou cerca de US$ 14,42 bilhões, alta de 26,15% sobre o ano anterior, com alta prevalência de gêneros alimentícios na pauta, que exercem função importante na segurança alimentar das nações árabes.
Do lado árabe, as vendas somaram US$ 9,82 bilhões, alta de 82,76% na mesma comparação, notadamente em combustíveis e fertilizantes, inclusive os fosfatados, tão necessários para o agronegócio brasileiro.
Com informações da Comunicação da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.