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“Todo brasileiro deve ter orgulho da Embrapa”, afirma ministro do MCTI no aniversário da instituição
Foto: Wesley Sousa - ASCOM/MCTI
Quem vê o Brasil hoje como uma potência mundial na agricultura e pecuária e responsável pela produção de alimentos para cerca de 800 milhões de pessoas no planeta não imagina que há um pouco mais de 40 anos o país importava alimentos básicos como arroz, café e açúcar. A situação começou a mudar em 24 de abril de 1973 com a criação da Embrapa, uma empresa do governo federal que desde então alia conhecimento científico, tecnologia e inovações para auxiliar o agronegócio no melhoramento, ampliação da produção de alimentos para o Brasil e outros diversos países. Na semana em que completa 49 anos a Embrapa realizou um evento nesta quarta-feira (27) na sede da instituição, em Brasília.
Presente na cerimônia comemorativa o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim destacou a importância da Embrapa para o país. “O futuro do agronegócio brasileiro demandará cada vez mais ciência, tecnologia e inovações. E isso significa que precisaremos cada vez mais da Embrapa. Eu penso que todo o brasileiro deve ter orgulho da Embrapa. Uma instituição pública tão importante não só pela contribuição que dá a economia brasileira, mas a todo o planeta”, declarou.
O ministro do MCTI também citou diversos projetos do ministério relacionados ao campo. “Temos no MCTI vários exemplos de projetos onde a ciência e tecnologia fazem a diferença para o incremento de produtividade e para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro. Neste momento o governo federal, por meio do MCTI, está investindo cerca de R$ 250 milhões em ações para o agronegócio como por exemplo os bioinsumos, agricultura de precisão e a agricultura 4.0. Ou seja, um grande esforço do ministério em ajudar o agronegócio brasileiro que além de sustentável possui um alto padrão de produtividade e qualidade. Vida longa à Embrapa”, finalizou Alvim.
O presidente da Embrapa, Celso Moretti agradeceu a parceria com o MCTI e destacou o papel da ciência e tecnologia ao longo de todos esses anos na Embrapa. “A agricultura brasileira é movida à ciência e nós mostramos que, com ciência, tecnologia e inovação foi possível transformar um país que importava alimentos numa das maiores potencias globais na produção de alimentos, fibras e bioenergia. O exemplo da Embrapa demonstra que realmente vale a pena investir em ciência, tecnologia e inovação”, afirmou Moretti que também resumiu a importância da instituição.
“Embrapa significa alimento de melhor qualidade, alimento mais barato na mesa do consumidor. Nesses quase 50 anos demonstramos que com o auxílio da ciência foi possível reduzir 45% o preço da cesta básica. A Embrapa é isso, uma instituição que ajuda na competitividade e sustentabilidade para a agricultura, pecuária e o setor florestal brasileiro”, avaliou.
História de impactos positivos
Na trajetória da Embrapa não faltam relatos de impactos positivos na economia, no meio ambiente e na mesa do brasileiro. Se hoje o Brasil se posiciona na liderança do mercado internacional de forrageiras, a marca da Empresa está presente: 90% da área plantada em todo território nacional usa variedades da Embrapa, adotadas em mais de 64 milhões de hectares, beneficiando mais de 44 milhões de cabeças de gado. A tecnologia e a inovação em clonagem, o maior banco genético da América Latina, as pesquisas na área de melhoramento genético, o potencial da Carne Carbono Neutro, o agro digital e a agricultura de precisão, o incentivo ao desenvolvimento de startups e o desenvolvimento de softwares e aplicativos móveis já se tornaram referência no meio científico internacional e têm motivado o interesse de parceiros na Europa, Estados Unidos, Canadá, países do Oriente Médio e África.
Dos destaques mais recentes da inovação na pesquisa agropecuária, o presidente da Embrapa citou o desenvolvimento do bioinsumo BiomaPhos, o bioinseticida Crystal e a sua eficiência no controle de lagartas, as novas cultivares de seringueira, soja, guaraná, mandioca, algodão, trigo e arroz irrigado, a Cana Flex I e II, primeiras canas editadas geneticamente consideradas não-transgênicas, que facilitam a fabricação de etanol (de primeira e segunda geração) e a extração de outros bioprodutos. A pesquisa com o café robusta, que agrega valor e promove transformação social na Amazônia, a plataforma Aquaplus, reunião de tecnologias de soluções inovadoras para produtores e empresários voltadas à melhoria de manejo e genética de espécies aquícolas, o banco ativo de germoplasma de peixes nativos do Brasil e ainda as cultivares que mais geraram royalties para a Embrapa (BRS Piatã, BRS Zuri, Soja BRS 284, Arroz BRS Pampa CL e Trigo BRS 264) também entraram para o rol de resultados de maior impacto para o agro nacional.
Durante a solenidade de aniversário da Embrapa foram apresentados os resultados no Balanço Social da Empresa de 2021, a atualização do documento Visão 2030 (que traça tendências de futuro para o agro brasileiro), lançamentos de novas soluções tecnológicas além de assinaturas de novas parcerias estratégicas. O evento contou com a presença de autoridades como os ministros da Agricultura e Pecuária, Marcos Montes, do Meio Ambiente, Joaquim Leite, dentre outros.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Embrapa.