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Sociedade Brasileira de Microeletrônica debate no MCTI medidas para fortalecer o setor
Foto: Wesley Sousa - ASCOM/MCTI
Instalados em carros, aviões, celulares, computadores e diferentes maquinários, os microchips eletrônicos e os circuitos integrados estão presentes em nosso dia a dia e, mais do que isso, ajudam a impulsionar diversos setores como, por exemplo, a medicina e a defesa. Em busca de alternativas para valorizar a pesquisa e o setor, a presidente da Sociedade Brasileira de Microeletrônica (SBMicro), Linnyer Aylon esteve na tarde desta quinta-feira (28) no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) onde foi recebida pelo ministro Paulo Alvim e outros assessores da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação (SEMPI/MCTI).
“Precisamos buscar um maior fôlego com financiamentos no setor para os nossos pesquisadores em todo o país. Precisamos de mais bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Também queremos encontrar alternativas para a manutenção e atualização dos laboratórios. Isso vai gerar novas oportunidades para nossos pesquisadores e para as novas gerações de cientistas que virão”, declarou Linnyer.
Outro tema trazido pela presidente da SBMicro foi a formação de recursos humanos e de P&D considerando a contribuição da entidade ao Programa Brasil Semicondutores, que tem a previsão de ser lançado nos próximos meses.
Na reunião Linnyer Aylon aproveitou para agradecer o aporte de R$ 300 mil recebidos em 2021 pelo MCTI. Com o valor ela explica que foi possível adquirir uma ferramenta de EDA (Electronic Design Automation) que é um software de projetos de circuitos integrados. “Com ele é possível que nossos pesquisadores possam fazer todo o projeto de um circuito integrado antes dele ser fabricado. É importante porque faz com que você possa pesquisar e ensinar na área de microeletrônica. Também ajuda na popularização da área, pois conseguimos chegar a várias universidades do país”, explicou.
A ferramenta adquirida em parceria por um preço especial foi liberada para 65 universidades. “Até o momento já atendemos 50 universidades com cerca de mil pessoas envolvidas dentre alunos de graduação, professores, mestres, doutores, alunos de graduação”, destacou.
Após a reunião, o ministro Paulo Alvim, afirmou que fará o que estiver ao alcance do ministério e prometeu se reunir com duas vinculadas da pasta, CNPq e FINEP para estudar como o MCTI pode ajudar o setor. “Temos total interesse no desenvolvimento do setor de microeletrônica e de semicondutores para que possamos manter nossos cientistas no país e qualificar ainda mais pessoas”, afirmou.