Notícias
19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) acontece de 17 a 23 de outubro em todo o país
Foto: Wesley Sousa (SEAPC/MCTI)
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) definiu as datas da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em 2022. As atividades em todo o país acontecem de 17 a 23 de outubro, enquanto o evento no Distrito Federal é promovido entre 21 e 27 de novembro. O tema da SNCT este ano é “Bicentenário da Independência: 200 anos de ciência, tecnologia e inovação no Brasil”.
O objetivo este ano é refletir sobre a independência do país, que completa dois séculos em 2022, e como a ciência e tecnologia contribuíram para o crescimento do país desde então. Como nas edições anteriores, a SNCT é composta de eventos e atividades gratuitos e abertos à população, on-line e presenciais, promovidos pelo MCTI, unidades vinculadas, instituições de pesquisa e secretarias estaduais de educação e de ciência e tecnologia.
No Distrito Federal, o evento é sediado no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, onde são expostos projetos inovadores do ministério e entidades vinculadas, Governo Federal, Forças Armadas, além de parceiros do evento. O evento ainda traz palestrantes para falar sobre temas relevantes na área de C&T.
A SNCT ocorre anualmente desde 2004, quando foi criada por decreto presidencial. Em 2020, outro decreto instituiu o Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações, a ser comemorado em outubro de cada ano.
Um pouco de história
Historiadores apontam que a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, foi um episódio marcante para a ciência no país. Instituições como as escolas médicas na Bahia e no Rio de Janeiro foram as primeiras faculdades de medicina no Brasil. Em 1808 foi criado o Real Horto, hoje Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Outras instituições criadas foram a Biblioteca Real, atual Biblioteca Nacional e o Museu Real, hoje Museu Nacional.
A partir da proclamação da República, em 1889, surgiram novos museus, faculdades, escolas e institutos de pesquisa em diversas regiões do país, como a Escola Politécnica de São Paulo, em 1894, o Museu Paulista (Museu de História Natural), em 1895, e as Escolas de Engenharia de Pernambuco, em 1895, e do Rio Grande do Sul, em 1896.
Na entrada do século XX, institutos de referência em pesquisa e saúde pública deram os primeiros passos, como a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro (RJ) e o Instituto Butantan, em São Paulo (SP). Na década de 20, foram instituídas as primeiras universidades públicas do país, como a Universidade do Brasil (atual UFRJ), em 1920, e a Universidade de São Paulo (USP), em 1934.
A partir dos anos 50, o marco foi a criação do Conselho Nacional de Pesquisa, atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, assim como uma série de institutos de pesquisa, que seriam depois vinculados ao MCTI, como o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), no Rio de Janeiro (RJ); o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP); e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus (AM).
Depois da promulgação da Constituição Federal de 1988, acontece a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia, atual MCTI, assim como novas instituições vinculadas ao ministério: o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ); o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI Renato Archer), o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas (SP); o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), no Rio de Janeiro (RJ), o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), em Itajubá (MG);), em São Paulo (SP); a Agência Espacial Brasileira (AEB), em Brasília (DF); e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), em Tefé (AM).