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Dados sobre vigilância epidemiológica estão disponíveis para consulta em plataforma do MCTI
Quase 20 mil registros de coleta de amostras de animais silvestres realizadas em 18 meses pela Rede Nacional de Vigilância de Vírus em Animais Silvestres (Rede Previr MCTI) estão disponíveis para consulta no Sistema de Informações da Biodiversidade Brasileira (SiBBR). Construída e mantida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio da Secretaria de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF), o SiBBr integra dados e informações sobre a biodiversidade e os ecossistemas, tornando-os acessíveis para usos diversos.
Os dados da Rede Previr MCTI, que se dedica à vigilância epidemiológica de patógenos em animais silvestres com potencial de emergência para as pessoas, foram incorporados e disponibilizados no SiBBr de maneira célere graças ao desenvolvimento de um aplicativo, que facilita o registro e envio das informações de coleta pelos pesquisadores durante a pesquisa de campo. O pesquisador registra dados como espécie capturada, local, data, método de captura, tipo de amostra coletada, sexo do animal, dentre outras informações.
“Além de ser uma rede de vigilância, que possibilita o acompanhamento do aumento de zoonoses nas diversas regiões do Brasil, os dados disponíveis em uma ação de transparência ativa, possibilitam a realização de outros estudos e ações de conservação”, explica o secretário de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF/MCTI), Marcelo Morales.
Os pesquisadores coletam amostras de animais na natureza - morcegos, aves e outros mamíferos silvestres - em diferentes biomas brasileiros com o objetivo de verificar a presença de vírus com potencial de emergência para humanos, como coronavírus e vírus da Influenza. As amostras coletadas são então relacionadas com a perda de hábitat, proximidade de populações humanas e biologia das espécies envolvidas.
Os dados das amostras coletadas podem ser visualizados de modo georreferenciado e também na ferramenta Portal Espacial do SiBBR. Para acessar este espaço é necessário um cadastro rápido do usuário na plataforma. O usuário pode filtrar as informações e obter o número de espécies coletadas durantes as campanhas já realizadas, a espécie mais capturada, o número de indivíduos machos ou fêmeas e sua condição reprodutiva, incluindo o registro de fêmeas grávidas. Todos esses dados podem ser baixados por qualquer pesquisador e reutilizados em outros projetos de pesquisas.
Os dados relativos aos vírus encontrados nas amostras coletadas serão disponibilizados futuramente na plataforma.