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Secretário Executivo do MCTI e deputado Eduardo Bolsonaro discutem formas de ampliar participação do Brasil no mercado espacial global
Foto: Wesley Sousa (ASCOM/SEAPC/MCTI)
Ações para ampliar a participação do Brasil no mercado espacial global foram discutidas pelo secretário Executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Sergio Freitas, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), durante reunião nesta quinta-feira (17). O encontro teve a participação do coordenador do Comitê Aeroespacial do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (SIMDE), brigadeiro do ar R1 José Vagner Vital, que fez uma apresentação sobre o potencial de investimentos do setor privado na área espacial.
O deputado Eduardo Bolsonaro disse que o encontro buscou discutir formas de explorar o potencial máximo do Brasil no setor aeroespacial. “O objetivo aqui foi dar o pontapé para que o Brasil não seja apenas um lançador de foguetes, mas participe do desenvolvimento de tecnologias no setor espacial. Se o Brasil não participar desse mercado, a gente vai ficar de fora, na próxima década, de um setor que vai envolver 1,4 trilhão de dólares.”
Eduardo Bolsonaro reforçou que o interesse privado de fazer investimentos no setor já existe, mas faltam apenas algumas adequações legislativas para o Brasil se equipar a países de primeiro mundo como Estados Unidos e Emirados Árabes.
O secretário Executivo do MCTI, Sergio Freitas, afirmou que a área espacial é uma das áreas prioritárias do ministério. “O MCTI está atento e dedica grandes esforços para incentivar e promover o setor espacial no Brasil”, reforçou. Segundo ele, durante a reunião foi enfatizado o interesse do setor privado em fazer investimentos no setor. “A grande mudança que ocorreu nos últimos anos na exploração das atividades espaciais foi a participação do setor privado e o interesse de investir bilhões nessa área”, destacou Sérgio Freitas.
Investimentos
O panorama do mercado mundial na área espacial foi apresentado pelo Coordenador do Comitê Aeroespacial do SIMDE, José Vagner Vital. Segundo ele, a previsão é de que os investimentos no setor em todo o mundo cheguem a US$ 1,4 trilhão até 2030, principalmente por parte da iniciativa privada. “O propósito aqui é trazer a contribuição da indústria de defesa para o estabelecimento de políticas públicas que promovam a inserção da indústria espacial do Brasil no mercado global”, afirmou.
Em sua apresentação, o representante do Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa reforçou que é preciso estabelecer estratégias e programas que criem um ambiente favorável à entrada de empresas brasileiras no mercado mundial, que garantam o desenvolvimento tecnológico e benefícios para a sociedade. “A indústria de defesa do Brasil está alinhada com os objetivos do governo e quer contribuir com os esforços para a inserção no mercado global”, concluiu.
“Temos concordância sobre isso. O grande desafio é criar um ambiente de negócios com parcerias público-privadas para o setor espacial, com segurança jurídica para os investidores”, afirmou o secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim. A reunião também contou com a participação do assessor especial do ministro do MCTI, Ricardo Cesar Mangrich.