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Pesquisadores identificam variante da SARS-CoV-2 classificada como Ômicron (BA.2 – 21L) em MG
Os pesquisadores da Rede Vírus MCTI identificaram uma variante da SARS-CoV-2 classificada como Ômicron (BA.2 – 21L). A amostra foi colhida de um paciente morador do município de Belo Oriente (MG) infectado pela Covid-19. O anúncio foi feito na sexta-feira (11) por meio do Informe Nº 7 da Rede Corona-Ômica.BR-MCTI, uma sobree da Rede Vírus MCTI.
A descoberta foi feita pelo Observatório de Vigilância Genômica de Minas Gerais (Vigem-MG) iniciativa de vigilância genômica com o objetivo de monitorar as variantes do SARS-CoV-2 no estado de Minas Gerais. O Vigem-MG é composto por membros da Fundação Ezequiel Dias (FUNED), Laboratório de Biologia Integrativa da Universidade Federal de Minas Gerais (LBI-UFMG), Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da UFMG (NUPAD-UFMG) e da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
A caracterização da variante Ômicron de SARS-CoV-2 foi incialmente realizada por genotipagem pelo Laboratório NUPAD da Universidade Federal de Minas Gerias (UFMG) das mutações no gene da espícula viral incluindo as posições K417, L452, E484, N501, P681, del/69/70. As análises de genotipagem indicaram o perfil de mutações da variante Ômicron BA.2 (21-L) que foram confirmadas pelo sequenciamento do genoma completo realizado no Laboratório de Biologia Integrativa da UFMG. A amostra foi sequenciada utilizando o kit QIAseq FX DNA Library Prep kit (QIAGEN, Germany) e sequenciadas na plataforma Illumina MiSeq (Illumina, USA) com o cartucho V3 (600 cycles).
“O perfil é muito similar ao da variante Ômicron em geral, com alta transmissibilidade. Por isso é muito importante manter os mesmos cuidados já divulgados por diversos especialistas. É importante completar o ciclo da vacinação, usar máscaras N95, lavar sempre as mãos e manter o distanciamento sempre que possível”, declarou o coordenador da Rede Corona-Ômica.BR-MCTI, Fernando Spilki, que explica ainda que o monitoramento é importante para acompanhar eventuais alterações no padrão de disseminação, manter o monitoramento da eficácia de vacina, entre outras aplicações.
O projeto conta com financiamento dos Laboratórios de Campanha e Rede Corona-ômica-MCTI (RedeVírus MCTI) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Cooperativa de Laboratórios da UFMG (Coolabs) e da Fundação Ezequiel Dias FUNED.