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Monitoramento da variante Ômicron reforça importância da rede Corona-ômica BR MCTI
Desde o início de 2022, a rede Corona-ômica BR-MCTI, que reúne pesquisadores e laboratórios para o monitoramento genético do coronavírus em todo o Brasil, já publicou seis informes de vigilância epidemiológica. Os boletins, que retratam os resultados de estudos com amostras de infectados pelo vírus em diferentes partes do país, têm o objetivo de acompanhar a evolução do SARS-CoV-2 e orientar estratégias adotadas pelo poder público.
Ganhou destaque nos informes de 2022 o rápido crescimento da variante Ômicron e a substituição das outras cepas em circulação do SARS-CoV-2. Em algumas regiões do Brasil, a nova variante demorou pouco mais de um mês para se tornar predominante.
A Corona-ômica MCTI é uma das sub-redes da RedeVírus MCTI, comitê de especialistas e institutos de pesquisa que auxilia o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações na criação de estratégias para o combate à pandemia.
O coordenador da Corona-ômica, Fernando Spilki, virologista da Universidade Feevale, explica que os dados do boletim confirmam a maior transmissibilidade da Ômicron. “Comparando um elemento, que é a substituição entre variantes, enquanto na cepa Delta, algumas regiões levaram cinco meses para substituir completamente a variante Gama, a Ômicron conseguiu substituir em um período de um mês ou até menos que isso, o que mostra que a variante é realmente muito mais transmissível”, afirma.
Segundo Spilki a rede vai continuar a vigilância genética do vírus no país a fim de identificar outras possíveis variantes. “Como perspectivas futuras, nós agora temos que continuar acompanhando esse surto e mapear de maneira constante a evolução do vírus no momento em que a curva começar a declinar. Não esperamos que a Ômicron seja a última variante. Provavelmente vamos encontrar no futuro outras variantes, derivadas ou não da Ômicron, então é importante continuar investigando”, resume.
O secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, lembra que a rede foi montada ainda em 2020, como uma das estratégias da RedeVírus MCTI, e que a ação é um legado para o país em termos de vigilância genômica do coronavírus.
"A instalação de uma rede de monitoramento genético do vírus em todo território nacional ainda no início de 2020 foi uma ação acertada que nos dá segurança quanto à detecção de mutações no Brasil. A Rede mostra sua importância na vigilância no momento que a variante Ômicron avança no país. A rede Corona-ômica.BR MCTI, uma das sub-redes da RedeVirus MCTI é um legado para o país", avalia.