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Ministério viabiliza estrutura financeira para participação brasileira no CERN
No dia 27 de janeiro, o secretário de Estruturas Financeiras e de Projetos do MCTI, Marcelo Meirelles, participou de reunião virtual sobre o Termo de Adesão do Brasil à Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), um dos maiores e mais avançados centros de pesquisa do mundo, que opera o maior acelerador de partículas do mundo, o Large Hadron Collider (LHC). O encontro teve também participação do Ministério das Relações Exteriores e do CERN.
Um dos requisitos para que o Termo de Adesão avance é que o país cumpra um compromisso financeiro de participação na entidade. O secretário destaca que o modelo elaborado pelo MCTI foi aceito pela instituição e supera um empecilho que impedia a participação brasileira. “Nós construímos uma engenharia financeira e apresentamos essa modelagem que foi aceita pelo CERN. Um problema que existia há 15 anos foi resolvido com esse modelo”, explica.
O obstáculo foi superado, segundo Meirelles, graças à criação de ferramentas pela secretaria com objetivo de captar recursos para ciência e tecnologia em fontes privadas, como fundos de investimento e doações. “Dentro da SEFIP nós viemos desenvolvendo nos últimos anos, uma série de instrumentos financeiros. Usando o Marco Legal da Inovação, fomos estruturando várias ferramentas como um marco legal para os fundos de endowment, um marco para blended finance e um marco criando a estrutura de organizações gestoras de fundos”, explica.
Em 24 de setembro de 2021, o conselho da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), anunciou a aceitação do Brasil como membro associado. Desde então, o governo federal, junto com o CERN, passou a desenvolver o Termo de Adesão para formalizar a entrada do Brasil. O acesso vai permitir a empresas brasileiras desenvolver tecnologias para o CERN, assim como o uso da infraestrutura em Genebra por pesquisadores nacionais.
“Esse é um anseio das empresas, das universidades, da comunidade científica e que pode trazer muitas vantagens para o Brasil. Além da pesquisa e acesso ao equipamento, o acordo permite a empresas brasileiras atuar como fornecedoras do CERN e participar de pesquisas de novas tecnologias e novas soluções, inclusive integrar o CERN ao Sírius, o acelerador de partículas brasileiro”, afirma Meirelles.
CERN
A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) é um dos maiores e mais avançados centros de pesquisa do mundo. Voltado para a pesquisa em física de altas energias, a instituição opera o mais potente acelerador de partículas do mundo, o Large Hadron Collider (LHC). O CERN conta com 23 países membros e, desde 2010, estendeu a possibilidade de países não europeus se tornarem membros associados. Mais de cem cientistas brasileiros usaram as instalações do CERN em 2019.