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Ministério quer criar plano de P&D para descarbonização do transporte no Brasil
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, participou nesta quarta-feira (9) de reunião virtual com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A entidade apresentou um estudo sobre a descarbonização no setor de transportes no Brasil, que é a diminuição do uso de combustíveis fósseis e transição para fontes como biocombustíveis e veículos elétricos.
Segundo a associação, o Brasil está entre os 10 maiores mercados automotivos no mundo. O estudo demonstrou como aconteceram as mudanças de rota tecnológica no setor de transporte em vários países e traçou diferentes cenários para o Brasil a depender do tipo de política adotada para incentivo ao uso de novas fontes de energia.
O ministro Marcos Pontes afirmou que o ministério tem interesse em reunir atores do setor de transporte e instituições de pesquisa para desenvolver uma política de pesquisa e desenvolvimento (P&D) sobre descarbonização no transporte. “O ministério de Ciência e Tecnologia tem essa característica de trabalhar junto com as empresas. Nós fizemos isso com o GT Farma, para criar uma política no setor de medicamentos e vacinas. Podem contar com a equipe do MCTI para debater o tema”, afirmou Pontes.
O ministro também enumerou iniciativas que contam com participação da pasta no setor de energias renováveis. “Nós temos trabalhado em energias renováveis, como um Centro de Pesquisa em Energias Renováveis, em Campina Grande (PB), que vai atuar em energia eólica, supercondutores, melhoria da eficiência de células fotoelétricas. Além disso, temos a parte de biocombustíveis e pesquisas de baterias com uso de nióbio, grafeno, lítio, no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM)”.
A ideia é que o tema continue sendo discutido dentro do ministério para o desenho da política. Participou da reunião também o secretário de Empreendedorismo e Inovação, Paulo Alvim. Representaram a Anfavea, o presidente Luiz Carlos Moraes, o vice-presidente Marco Saltini e os diretores Henry Joseph e Mauro Borges de Castro.