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MCTI vai ampliar pesquisas na Antártica com recursos do FNDCT
Foto: Odjair Baena (SEAPC/MCTI)
A destinação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) e para a base de pesquisa Criosfera 2 são prioridades do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para a região antártica neste ano de 2022. O anúncio foi feito na abertura do “III Simpósio do Programa Ciência Antártica MCTI: 40 anos de pesquisa científica do PROANTAR”, realizado nesta quinta-feira (10) e que contou com participação do ministro do MCTI, astronauta Marcos Pontes.
“Os 40 anos do PROANTAR é um marco a ser comemorado pelo Brasil e pelo planeta. Temos de ampliar cada vez mais a pesquisa no continente Antártico”, afirmou o ministro Marcos Pontes. Segundo ele, a prioridade do MCTI é aumentar a pesquisa e a capacidade dos laboratórios na Antártica, com o Criosfera 2, e ampliar o número de bolsas de pesquisa disponíveis.
O ministro reforçou que a liberação de recursos do FNDCT dá a “musculatura necessária” para projetos estruturantes e importantes para o país. “Precisamos da pesquisa espalhada pelo Brasil”, afirmou.
De acordo com o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, a liberação de recursos para a ciência pelo FNDCT deve garantir apoio financeiro para a continuidade dos projetos de pesquisa do PROANTAR para os próximos três anos. Além disso, segundo ele, permitirá a manutenção do módulo Criosfera e a instalação do novo módulo Criosfera 2 e também a aquisição de mais equipamentos para os laboratórios da Estação Antártica e para os navios polares.
O secretário do MCTI ressaltou que o trabalho do ministério no continente gelado é estratégico na condução das políticas públicas em razão da relevância do conhecimento científico produzido. “Os resultados dos projetos de pesquisadores brasileiros contribuem de forma importante para o entendimento dos fenômenos ambientais e biológicos da Antártica, contribuindo para a sua preservação e uso sustentável”.
A abertura do simpósio também contou com a participação do secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), Contra-Almirante Marco Antônio Linhares Soares, e de pesquisadores convidados.
PROANTAR
O Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), que completa 40 anos, tem como propósito realizar pesquisas científicas na região antártica com a finalidade de compreender os fenômenos que ali ocorrem e sua influência sobre o território brasileiro. O programa possui três segmentos. O científico, sob a responsabilidade do MCTI e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). O logístico, sob a responsabilidade da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM). E o segmento ambiental, sob a responsabilidade do Grupo de Avaliação Ambiental do PROANTAR (GAAM), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O Programa Ciência Antártica, do MCTI, tem por objetivo desenvolver pesquisa de excelência sobre a região Antártica e suas conexões com o Oceano Atlântico e a América do Sul, assegurando a permanência do Brasil como membro consultivo do Tratado da Antártica, ao qual o país aderiu em 1975.
O PC Antártica reúne seis temas: o papel da criosfera no sistema terrestre e as interações com a América do Sul; biocomplexidade dos ecossistemas antárticos, suas conexões com a América do Sul e as mudanças climáticas; mudanças climáticas e o oceano austral; geodinâmica e história geológica da Antártica e suas relações com a América do Sul; dinâmica de alta atmosfera na Antártica, interações com o geoespaço e suas conexões com a América do Sul; e outras áreas de investigação, incluindo temas emergentes, como a área de Biologia Humana e Medicina Polar, além de pesquisa nas disciplinas das ciências sociais como arqueologia, sociologia da ciência, geografia política e relações internacionais.