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RedeVírus MCTI: índice de Covid-19 no esgoto de Goiânia (GO) é o maior desde agosto de 2021
A presença do vírus SARS- CoV-2, causador da Covid-19, no esgoto da cidade de Goiânia, capital de Goiás, subiu após quatro meses de baixa concentração. A informação é de pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) e foi divulgada no boletim de monitoramento da RedeVírus MCTI. De acordo com o relatório, a concentração do vírus encontrada no esgoto coletado na segunda semana do mês de janeiro deste ano é a maior desde 18 de agosto de 2021, e a tendência é de aumento da carga viral.
“Identificamos um aumento significativo na semana do natal. E a primeira semana de janeiro já apontou a tendência de aumento, apesar de não ter atingido alta concentração do vírus. Isso muito provavelmente devido às chuvas intensas do período que diluíram o material de análise. Com a estiagem, a carga viral da segunda semana de janeiro já atingiu níveis elevados”, explica a professora da UFG e coordenadora do projeto, Gabriela Duarte.
O projeto de monitoramento da Covid-19 em águas residuárias na cidade de Goiânia (GO) foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), instituição vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e compõe a RedeVírus MCTI, grupo de especialistas criado pelo ministério antes do início da pandemia e que gerencia as informações de enfrentamento da doença no território brasileiro.
Agora, com os dados, os pesquisadores da UFG pretendem divulgar um alerta para orientar os órgãos públicos em ações e na distribuição de recursos, incluindo estratégias de teste, rastreamento e preparação para o enfrentamento de surtos virais. As amostras são coletadas na Estação de Tratamento do Esgoto (ETE) Dr. Hélio Seixo de Brito, para onde são enviadas cerca de 70% do esgoto gerado na capital goiana. As coletas semanais representam a contribuição de aproximadamente um milhão de pessoas.
Com colaboração da Secom da Universidade Federal de Goiás (UFG)