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Projeto Imagens do Céu Profundo-MCTI começa treinamento com professores
A primeira edição do projeto Imagens do Céu Profundo, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) começou bem. Até o último dia 18 de janeiro, prazo final para o envio das solicitações, mais de 490 participantes foram inscritos. O projeto é voltado para escolas, instituições, clubes de ciência e demais grupos interessados na astronomia. No último dia 19 começou o treinamento dos professores que levarão o projeto para dentro de sala de aula.
Apesar do número expressivo de formulários, na prática o Imagens do Céu Profundo-MCTI vai atender um número bem maior do que o de inscritos, como explica a Coordenadora Geral de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação, Silvana Copceski Stoinski. “Cada formulário enviado para o projeto significa um professor que pode incluir turmas inteiras dentro da iniciativa. Ao todo, o Projeto Imagens do Céu Profundo-MCTI poderá alcançar mais de 4 mil estudantes no país”.
O projeto é promovido pelo MCTI por meio da Secretaria de Articulação e Promoção da Ciência (SEAPC) em colaboração com o Observatório Nacional (ON/MCTI) e outras instituições vinculadas ao MCTI. Participam da iniciativa a International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA), a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI), o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA/MCTI), o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST/MCTI) e a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA).
A titular da SEAPC/MCTI, Christiane Corrêa, destaca que o projeto é importante para trazer crianças e jovens para o mundo da astronomia. “A nossa secretaria desenvolve diversos programas e projetos com o foco de tornar a ciência mais atrativa para os estudantes do país. Projetos como o Imagens do Céu Profundo-MCTI serão responsáveis pela formação no futuro de cientistas brasileiros que trarão muitos frutos para o país”.
“Falar de astronomia para mim é sempre uma coisa boa, e poder utilizar as estruturas do MCTI para incentivar crianças, jovens e até adultos a trabalharem como astrônomos profissionais é muito gratificante. Não se trata apenas de formar um profissional, mas de mostrar para quem está no início da vida acadêmica um direcionamento não apenas para a profissão, mas para a vida. O ministério é uma caixa de ferramentas para a sociedade e promover a ciência, tecnologia e inovação é uma das vertentes mais valiosas desta pasta”, ressaltou o ministro do MCTI, astronauta Marcos Pontes.
Para este programa, o IASC/NASA firmou uma parceria com o Observatório Las Cumbres (LCO) dos Estados Unidos. O LCO lidera o projeto 100 Horas para 100 Escolas, que é uma colaboração entre várias organizações envolvidas no fornecimento de programas de ensino de astronomia em alta qualidade. Foram disponibilizados 6 telescópios com um diâmetro de 40cm que estão localizados em todo o mundo nos hemisférios norte e sul. O LCO ofereceu uma concessão de 500 horas de uso desses telescópios. Com isso, será possível obter todas as imagens necessárias para o Imagens do Céu Profundo-MCTI. Para participar é preciso ter uma conta LCO e apenas professores podem solicitar o acesso.
Podem participar professores e voluntários do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) formando equipes de no mínimo cinco estudantes. O ON/MCTI e o MAST/MCTI farão o treinamento com os professores e darão toda a assistência necessária. Os líderes das equipes irão selecionar objetos de céu profundo como; galáxias, nebulosas e aglomerados de estrelas, planetas e corpos menores como; asteroides e cometas, para serem capturados pelos telescópios do LCO.
A coordenadora Silvana Copceski reforçou a missão dentro do MCTI quando o assunto é promoção da ciência. “A minha missão é estimular a educação científica, a divulgação e a popularização da ciência no Brasil”.