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Para tratar de vestígios de óleo na costa da Paraíba, Ministério reúne pesquisadores e instituições
Fotos: Wesley Sousa (SEAPC/MCTI)
Diante do surgimento de manchas de óleo na costa da Paraíba, registradas desde a virada do ano, o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, promoveu nesta segunda-feira (10) uma conferência online com representantes da Marinha do Brasil, IBAMA, INPE/MCTI e instituições de pesquisa. O objetivo foi apresentar as análises iniciais sobre o episódio e debater como a rede de pesquisadores que ajudou no derramamento de óleo em 2019 pode atuar no novo incidente.
Segundo Morales, é importante que esta e outras redes formadas pelo ministério possam estar sempre presentes para apresentar respostas a desafios nacionais. "É importante que esta rede de pesquisadores esteja sempre conectada compartilhando informações e garantindo o contínuo avanço de nossas habilidades e competências para lidar com desastres antrópicos no mar”, disse Morales. O MCTI e o CNPq/MCTI financiaram 18 chamadas públicas para projetos de pesquisa que investigaram os impactos da derramada de óleo em 2 mil km da costa brasileira há mais de dois anos.
De acordo com a apresentação das entidades, as primeiras amostras foram coletadas pela Capitania dos Portos da Paraíba em 31 de dezembro de 2021 e enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, no Rio de Janeiro. O INPE/MCTI apresentou imagens de satélite e simulações sobre a origem do derramamento e trajetória do óleo. Os dados recolhidos até aqui indicam ainda que as manchas já foram vistas em pelo menos 7 praias do litoral da Paraíba.
O secretário Marcelo Morales ressaltou no evento a importância das redes de pesquisa e disse que a ciência oceânica no país continuará tendo investimentos nesse ano. “Em 2022 teremos mais investimentos para pesquisa sobre óleo no mar com aporte do FNDCT e a continuidade da cooperação internacional com National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). Assim, mantemos o compromisso de garantir o contínuo progresso no conhecimento trans e interdisciplinar para um oceano limpo e seguro”, disse.
Morales também ressaltou o trabalho de uma das redes formadas pelo ministério: a RedeVírus MCTI, voltada a estratégias contra a pandemia da Covid-19, composta por diferentes sub-redes e criada antes da declaração da pandemia pela Organização Mundial da Saúde. Segundo o secretário, a rede é um exemplo de como organizar as instituições que trabalham em torno da pesquisa oceânica.