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Ministro do MCTI visita Observatório Nacional no Rio de Janeiro
Foto: Neila Rocha (ASCOM/SEAPC/MCTI)
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, esteve nesta segunda-feira (17) nas instalações do Observatório Nacional, unidade de pesquisa vinculada ao MCTI. O ON/MCTI completa 195 anos em outubro deste ano. O ministro foi recepcionado pelo novo diretor da Instituição, Jailson Souza de Alcaniz. Na chegada, Marcos Pontes conheceu um pouco da história do observatório contada pelo diretor em uma passagem pelo prédio principal da instituição, que tem mais de 100 anos.
“Isto aqui é um prédio histórico de uma instituição histórica. Quando a gente pensa em Observatório Nacional, muitas vezes a gente pensa só na questão da observação e imagina que é só um observatório. Não, tem muita história e muitas outras funções”, disse o ministro Marcos Pontes no início da visitação.
“O Observatório é o observador do Brasil neste período”, destacou o diretor do ON/MCTI, que há 18 anos é pesquisador da instituição. Marcos Pontes conheceu um pequeno museu onde estão expostos instrumentos históricos para observação que contam um pouco da história do local desde 1915. Outra vertente do ON/MCTI é estudar o campo magnético da terra. O ministro conheceu o laboratório de Paleomagnetismo & Mineralogia Magnética que está sendo construído, além da sala blindada que conta com paredes de três camadas de ferro-silício que reduzem a incidência do magnetismo da terra no local. As estruturas tiveram investimentos de R$ 700 mil.
O ministro aproveitou a ocasião para lembrar aos pesquisadores que o MCTI conta com editais específicos para a melhoria da infraestrutura dos laboratórios, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Em seguida foi apresentado para o ministro um sistema de monitoramento da camada terrestre do país, a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). A plataforma monitora em tempo real a sismicidade do território nacional e faz análises com dados de desde o início do século passado inseridos no sistema. Esses dados não são apenas para terremotos e servem para demais ações importantes relacionados com o tema.
No meio da visitação, o ministro Marcos Pontes fez uma pausa para entregar aos anfitriões uma premiação especial do MCTI. O Observatório Nacional recebeu das mãos do ministro um certificado de 100% de execução orçamentária no ano de 2021. A premiação vai ao encontro da meta atingida pelo próprio ministério no ano passado, que figurou mais de 99% da execução dos orçamentos destinado pelo Governo Federal para a ciência, tecnologia e inovação.
“Para este ano a gente tem um orçamento melhorado aí um pouquinho, mas o mais importante é que nós temos mais duas outras fontes importantes para o financiamento de ciência e tecnologia. Uma é a liberação do FNDCT, um trabalho conjunto de muitas forças, a comunidade científica, o setor produtivo, o próprio ministério, o Congresso Nacional. E outra é uma secretaria voltada para isso, de Estruturas Financeiras, que tem maneiras de financiar projetos com vários métodos em que esses projetos podem receber orçamento de fora”, disse Marcos Pontes.
Na sala de equipamentos do ON/MCTI, Marcos Pontes pôde conhecer o que é utilizado para realizar diversos monitoramentos no país. O Observatório monitora a terra, o céu e as águas do país. A visita mais esperada era ao telescópio principal do Observatório, considerado o maior telescópio refrator do Brasil. O equipamento tem mais de 100 anos e ainda é utilizado por astrônomos com eficiência.
Outro ponto interessante da visita foi ao local onde é determinada a Hora Legal do Brasil, outra atribuição do ON/MCTI. Marcos Pontes conheceu os equipamentos que realizam essa leitura com precisão e os métodos científicos envolvidos no processo de formulação da Hora Legal.
Projeto Imagens do Céu Profundo – MCTI
Na ocasião da visita, o ministro Marcos Pontes anunciou que estão abertas as inscrições da primeira edição do Projeto Imagens do Céu Profundo – MCTI . O projeto é promovido pelo MCTI, em colaboração com o Observatório Nacional e outras instituições vinculadas ao ministério. Totalmente gratuito, o programa tem como público-alvo escolas, instituições, clubes de ciências e demais interessados em popularizar a ciência entre cidadãos voluntários.
O objetivo do programa é estimular os educadores a motivar seus alunos no estudo da Astronomia, examinando e discutindo imagens do céu profundo, planetas e objetos menores, como cometas e asteroides. Ao fim dos programas, esses novos cientistas cidadãos serão capazes de entender como trabalha um astrônomo profissional. A ação é uma parceria entre o MCTI e o International Astronomical Search Collaboration (IASC/NASA), com apoio do ON, da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA).