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Ministro do MCTI conhece projeto de fábrica brasileira de placas solares
Wesley Sousa (SEAPC/MCTI)
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, conheceu o projeto de instalação de uma fábrica brasileira de produção de placa solar fotovoltaica, durante audiência nesta quarta-feira (26). A apresentação foi feita por representantes da empresa Sengi Solar, do Grupo Tangipar, com sede em Cascavel (PR), que estavam acompanhados pelo deputado federal Roman (Patriotas-PR). Para implementar o projeto, a empresa busca a habilitação no PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays, que foi renovado pelo governo federal por mais cinco anos.
“Uma das estratégias do ministério é ajudar as empresas com tecnologia nacional a terem sucesso”, afirmou o ministro Marcos Pontes. Segundo ele, o MCTI pode ajudar desde a pesquisa até a infraestrutura. Nesse sentido, o ministro propôs aos representantes da empresa uma parceria e colaboração por meio do Centro de Energias Renováveis do Semiárido, que vai funcionar em Campina Grande (PB), na sede do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), unidade de pesquisa do ministério.
O objetivo do centro é pesquisar tecnologias e melhorias de eficiência em três tipos de energia: solar, eólica e hidrogênio verde. “A gente precisa ter um domínio nessa área de energias renováveis. O Brasil tem um potencial gigantesco nesse setor”, reforçou Marcos Pontes.
Para o deputado federal Roman (Patriotas-PR), o apoio à instalação da fábrica de painéis solares é importante para que o Brasil venha a produzir os módulos fotovoltaicos e deixe de depender do mercado exterior. “Com esse estímulo, a gente gera renda, empregos e o Brasil pode passar a ser um exportador dessas placas”.
Expectativa
De acordo com o diretor-executivo da empresa, Daniel de Fátima da Rocha, a expectativa é que a fábrica de módulos voltaicos seja a maior da América Latina e já comece a produzir em agosto de 2022. “A gente veio pedir o apoio do ministério para conseguir o incentivo do PADIS. Com a habilitação no programa, a gente pode se tornar competitivo em nível mundial.” A estratégia da empresa prevê parcerias com instituições de ensino e também a formação e aperfeiçoamento de mão-de-obra especializada no setor.
A empresa Sengi Solar faz parte do Grupo Tangipar, especializado no segmento de energia Solar. Desde 2020, a geração de energia solar no Brasil vem tendo um aumento anual de 230%. Neste ano de 2022, a previsão é de mais de 1 milhão de consumidores no país.
PADIS
O PADIS foi criado em 2007 pela Lei nº 11.484. O programa é um conjunto de incentivos fiscais federais com o objetivo de contribuir para a atração e ampliação de investimentos no setor de semicondutores e displays. Esses incentivos incluem células e módulos/painéis fotovoltaicos para energia solar, além de insumos estratégicos para a cadeia produtiva, como o lingote de silício e o silício purificado.
O PADIS proporciona às empresas interessadas a desoneração de determinados impostos e contribuições federais incidentes na implantação industrial, na produção, importação e comercialização dos equipamentos beneficiados