SNCT: MCTI realiza premiação dos alunos destaques da ONC

“Olhem do seu lado. De repente está sentado ao seu lado um futuro Prêmio Nobel, ou a pessoa que vai descobrir a cura do câncer, novos sistemas de propulsão para a gente chegar à Marte e em outros lugares. De repente do seu lado está sentada uma pessoa que irá ajudar a resolver problemas sérios do planeta como um todo”, declarou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, durante a premiação dos medalhistas da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC). O evento foi realizado na terça-feira (7) dentro do Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília. No local, está sendo realizada a 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, evento organizado pelo MCTI.

Na sua 4º versão a ONC teve a participação 2,4 milhões de estudantes participantes, em 4.057 municípios de todos os estados do Brasil. A novidade foi a inclusão de alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental. A participação na competição é gratuita e as provas foram realizadas de forma 100% online. Na solenidade foram premiados 25 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio que na ocasião, representaram os cerca de 20 mil estudantes que foram premiados com medalhas simbólicas de ouro, prata e bronze, além de vários alunos destacados com certificados de menção honrosa. Os demais medalhistas aprovados receberão suas medalhas em seus próprios estados, em cerimônias locais ou enviados pelos correios para os que não puderem comparecer.

“Nessa função de ministro eu costumo participar de muitos eventos, muitas atividades. Eu confesso para vocês que ações como essa de entrega de medalhas, de premiar vocês alunos e parabenizar os pais e professores, porque ninguém trabalha sozinho, é talvez a atividade que eu mais gosto de participar. Por isso eu gostaria de parabenizar os alunos que estão hoje aqui. Mas quero parabenizar também todos os estudantes que participam dessas competições em todo o Brasil. Tudo na vida acontece com uma ideia, uma vontade e uma ação na direção de seus objetivos”, declarou Marcos Pontes.

O coordenador-geral da Olimpíada Nacional de Ciências, Jean Carlo Catapreta ressaltou o feito de ficar entre os melhores participantes dentro de 2,4 milhões de participantes. “Os 25 melhores que estão aqui sendo premiados representam menos do que 0,1% de todos os participantes. Esse feito não é pouca coisa. Vocês são heróis para vocês próprios, para suas famílias, suas escolas, seus colegas. Vocês são um exemplo a ser seguido”, afirmou.

Anualmente a ONC premia cerca de 1% dos participantes que atingem os melhores resultados. Em 2021 foram 20 mil premiados. “Como não teria como fazer uma solenidade para entregar a premiação a todas essas pessoas num mesmo lugar. Vocês estão hoje aqui em nome dessas 20 mil pessoas recebendo a medalha de ouro como os cinco melhores colocados em cada categoria”, explicou Catapreta.

Parceiro do MCTI no Congresso Nacional, o senador Wellington Fagundes participou da cerimônia de premiação. “Dentre os 2 milhões de crianças que buscaram essa oportunidade na ONC estamos parabenizando hoje os 20 mil melhores colocados. Vocês jovens são os brasileiros do nosso futuro. Esse talvez seja um dos eventos mais importantes que a gente esteja participando”, declarou o senador que ainda reforçou a importância da ciência e tecnologia para o país.

“O ministro sempre fala sobre a necessidade de a gente investir na ciência, na pesquisa, para a geração de empresas, produtos e notas fiscais. No Congresso articulamos sempre com os colegas na conscientização que o Brasil precisa de mais investimentos em ciência e tecnologia e não tirar os recursos que já temos”, ponderou Fagundes.

O fundador das Olimpíadas Brasileiras de Astronomia, Biologia, Geografia, Medicina e Co-Fundador das Olimpíadas Brasileiras de Economia, Informática e Física, Daniel Lavouras que é diretor de Promoção e Difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação do MCTI fez um alerta aos vencedores. “A responsabilidade de vocês aumenta porque o MCTI e a SEAPC a partir de agora denominaram vocês de embaixadores olímpicos e com isso vocês devem nos ajudar a mobilizar a base dessa pirâmide. Queremos é despertar o brilho no olho e o talento de todas as crianças em todas as escolas do país”, afirmou Lavouras.

Atualmente existem cerca de 60 Olimpíadas no país e o MCTI apoia várias delas. “São mais de 20 milhões de alunos participando anualmente dessas olimpíadas. Eu sou um frustrado olímpico na minha época de estudantes não tinham muitas olimpíadas eu me vinguei ajudando a criar algumas dessas competições”, brincou Lavouras.

O diretor de Promoção e Difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação do MCTI terminou sua fala contando uma história. “Quando eu inventei de criar a Olimpíada de Astronomia ninguém acreditava que seria possível pois as pessoas não sabiam direito o que eram essas competições Eu pedi ajuda para algumas pessoas. Uma delas estava morando no exterior muito ocupada, fazendo treinamento e eu pedi ajuda para a formulação de uma questão para essas olimpíadas. Essa pessoa apesar de muito ocupada me enviou um texto que virou questão da primeira Olimpíadas Brasileira de Astronomia. Essa pessoa foi meu colega de turma de engenharia no ITA nosso ministro e astronauta, Marcos Pontes. Na época ele estava treinando para ser astronauta muito ocupado, mesmo assim ele apoiou a ideia”, recordou.

Olimpíadas Científicas

As Olimpíadas Científicas são eventos que que promovem competições individuais ou em equipes de caráter nacional e internacional adaptáveis a diversas áreas do conhecimento e que estimulam a resolução de problemas teóricos e práticos com a realização de experimentos e debates relevantes à sociedade. As olimpíadas são ferramentas ideais para transformar a teoria em prática já que estimulam a aplicação de conhecimentos no desenvolvimento de projetos ligados a diversas disciplinas para posteriormente servirem de palco destinados a exposição desses projetos em especial experimentos, pesquisas e outras formas de trabalho investigativo, informativo, inovador ou tecnológico realizados por alunos com a mediação de professores diversos incentivando a popularização da ciência.

ONC

A Olimpíada Nacional de Ciências têm, dentre outros objetivos desenvolver o pensamento científico na formação do aluno e do cidadão; obter informações sobre os limites e possibilidades dos estudantes do ensino fundamental e médio com relação ao conhecimento científico; criar vínculos entre os alunos e a escola propiciando mudanças de atitude com relação as ciências; aproximar professores universitários e professores do ensino médio e fundamental; melhorar a qualidade do ensino em ciências na educação básica.

Confira a lista dos premiados 

Alunos medalhistas de ouro do 3º ano do ensino médio que receberam medalhas representando todos os estudantes do nível “E” que foram premiados.

Os alunos medalhistas de ouro do 2º ano do ensino médio que receberam medalhas representando todos os estudantes do nível “D” que foram premiados.

Os estudantes que mais se destacaram na 1ª Série do Ensino Médio que receberam medalhas representando todos os estudantes do nível “C” que foram premiados. 

Os estudantes que mais se destacaram no 8º e 9ª ano do Ensino Fundamental que receberam medalhas representando todos os estudantes do nível “B” que foram premiados. 

Os estudantes que mais se destacaram no 6º e 7ª ano do Ensino Fundamental que receberam medalhas representando todos os estudantes do nível “A” que foram premiados. 

Também participaram da cerimônia de premiação dos medalhistas da ONC, a secretária de Articulação e Promoção da Ciência do MCTI, Christiane Corrêa o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, a coordenadora-geral de Popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação do MCTI, Silvana Copseski, o coordenador-geral de Promoção do Ensino de Ciências do MCTI, Roberto Machado e o reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Gildásio Guedes.

 Veja como foi o evento: