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Realizações 2021 MCTI
Série “Realizações 2021” traz iniciativas do MCTI em Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável
O MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações continua nesta semana a série de vídeos que traz as principais realizações da pasta em 2021. Nesta segunda-feira (27), foi ao ar o quinto episódio da série, que trata das entregas do MCTI na área de Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável. Durante a transmissão nas redes sociais, o ministro astronauta Marcos Pontes destacou que essas tecnologias são aquelas que incluem o desenvolvimento econômico e social aliados à proteção do meio ambiente.
Dentro do tópico Cidades Inteligentes o ministro ressaltou o programa CITInova, realizado pelo MCTI e diferentes parceiros para a promoção da sustentabilidade nas cidades brasileiras por meio de tecnologias inovadoras e planejamento urbano. “O programa está em algumas capitais do Brasil e faz o desenvolvimento de projetos sustentáveis no ambiente urbano. Isso inclui tratamento de água, desenvolvimento de áreas verdes nas cidades e outras aplicações para tornar o ambiente mais sustentável e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, afirmou o ministro.
Segundo Pontes, esses objetivos podem ser alcançados com o uso de inteligência artificial, materiais avançados, sistemas de tratamento de água e transformação digital das cidades. Outro projeto nesse campo é o Programa Cidades Inteligentes e Sustentáveis, que levou para Londrina, e Foz do Iguaçu, no Paraná, algumas tecnologias inteligentes para melhor gestão das cidades.
No campo das energias renováveis, um dos maiores projetos do ministério é a criação do Centro de Energias Renováveis do Semiárido, que vai funcionar em Campina Grande (PB), na sede do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), unidade de pesquisa do MCTI. A ideia é pesquisar tecnologias para melhor aproveitamento da luz solar. O ministro também falou da atuação do ministério para incentivar a energia eólica.
“O Centro de Energias Renováveis do Semiárido, no INSA, vai congregar tecnologias para energia solar, para melhoria da eficiência das células fotoelétricas, que vai ajudar no desenvolvimento dos sistemas de energia renovável. Temos também pesquisa sobre o hidrogênio verde, também pelo CETENE e outras instituições de pesquisa no Brasil. Tem também as tecnologias para energia eólica. Nós mandamos fazer um estudo no litoral do país para a viabilidade de geração de energia offshore, mas também no desenvolvimento de melhores tecnologias de geradores, utilizando supercondutores e outras tecnologias”, descreveu.
Marcos Pontes frisou que o país conta com mais de 70% da energia gerada por fontes renováveis, uma vantagem em relação ao mundo. O ministro também citou programas do ministério para o desenvolvimento de novas baterias, em parceria com a FINEP e Itaipu, e biocombustíveis.
Na área de Bioeconomia, o ministro citou diferentes editais e parcerias que contam com financiamento da FINEP, do CNPq e da EMBRAPII, instituições vinculadas ao MCTI. Na parte do tratamento de resíduos sólidos e poluição, Pontes falou sobre a importância do tema para a qualidade de vida da população. “Nós temos apoiado o desenvolvimento de diversas tecnologias ligadas ao tratamento de água, resíduos sólidos, poluição. Nós firmamos um acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) em 2021 para limpeza dos oceanos e microplásticos”. Outras tecnologias descritas pelo ministro são sistemas para limpeza de água com uso do grafeno e tecnologias para auxiliar cidades a lidar com lixões.
Para o combate a desastres naturais, Marcos Pontes destacou o trabalho do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), unidade de pesquisa do ministério, para minimizar desastres e salvar vidas. “A gente ampliou as instalações do CEMADEN, com uma nova sala de controle, um radar de tecnologia nacional. Eu pretendo ampliar a utilização do CEMADEN para tecnologias de resgate e monitoramento de barragens no Brasil”, disse.
Segundo Pontes, o combate aos desastres também passa por ações de proteção ambiental, onde o ministério mantém Programas de Acompanhamento de Longo Prazo (PELDs) que promovem pesquisas nos biomas do país. Outro programa é o Salas MCTI, que está instalando laboratórios satélites em diferentes regiões da Amazônia onde grupos de cientistas podem desenvolver pesquisas por temporadas. A ideia é que os estudos sobre biodiversidade e as comunidades locais produzam conhecimento sobre novas substâncias para gerar medicamentos, cosméticos e outros produtos.
“Essa é uma estratégia importante do ministério para reduzir a dependência do país de medicamentos do exterior. A gente precisa desenvolver essas tecnologias por aqui, o Salas faz parte disso, ter o conhecimento e na produção de medicamentos no Brasil através de fábricas de moléculas para sintetizar os ativos descobertos na Amazônia e produção de medicamentos no nosso centro nacional de tecnologias de medicamentos com a indústria nacional, produzindo nota fiscal e empregos no país”, ressaltou.
O ministério também atua na proteção ambiental por meio do Instituto Mamirauá, unidade de pesquisa do ministério sediada em Tefé, no Amazonas; e programas internacionais como a Torre Atto, em parceria com a Alemanha na Amazônia, que conta 325 metros de altura, e o Amazon Face, junto com o Reino Unido, que estuda o efeito do gás carbônico na Floresta Amazônica.
O ministro ainda citou o Regenera Brasil, que usa a ciência para a regeneração de 120 áreas de diferentes biomas, o Sistema de Registro da Biodiversidade (SiBBr); o Adapta Brasil, gerenciado pelo INPE, que ajuda gestores públicos com dados sobre alterações do clima; a plataforma Sinapse MCTI, que mostra projeções de cenários para uso em políticas públicas; e o programa Conexão Mata Atlântica.
“Um programa muito importante é ligado ao Pantanal. Eu criei aqui a Rede Pantanal, uma rede de pesquisadores que conhecem aquele bioma e nos darão as diretrizes com uso da ciência para preservar o pantanal e reduzir o risco e incidência de queimadas. Nós também estamos promovendo a reinstituição do Instituto Nacional do Pantanal, em Cuiabá, uma unidade de pesquisa”.
O ministro Marcos Pontes concluiu o balanço das ações falando sobre a economia circular, que trata do reaproveitamento e reciclagem de materiais. “Nós não temos no planeta recursos naturais suficientes. A gente precisa mudar a consciência das pessoas com relação a utilização de equipamentos. A gente não pode simplesmente ignorar isso, transformar materiais brutos em materiais processados e depois jogar no lixo. Precisamos aprender a trabalhar diferente e a ciência e tecnologia estão aí para ajudar”.
Assista a esse episódio e a todos os outros vídeos da série: