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SEMANA NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Projeto liderado pelo MCTI busca amenizar o problema de falta d’água no semiárido brasileiro
O problema de falta d’água do semiárido brasileiro há muitas décadas afeta de forma significativa a vida da população desses locais. Uma das soluções para tentar amenizar esse problema é o projeto, “Água Atmosférica MCTI – Bebendo Água do Ar” que é coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações em parceria com os ministérios da Saúde (MS), Desenvolvimento Regional (MDR) e a Fiocruz. O projeto foi apresentado pelo secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, onde acontece a 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
O objetivo do projeto é avaliar o impacto da água atmosférica na saúde humana. Para estão sendo analisados sete aspectos: sanitário, tecnológico, mental, sociocultural, econômica e epidemiológica.
Durante seu discurso o secretário da SEPEF MCTI relembra como tudo começou. Em 2019 uma comitiva do MCTI liderada pelo ministro astronauta Marcos Pontes viajou até Israel para conhecer projetos e tecnologias utilizadas para o enfrentamento à falta d’água.
“Tivemos a oportunidade de visitar várias instituições de pesquisas e empresas que transformam a água do mar em água potável. Existem lá grandes usinas que fazem a transformação da água no processo de retirar o sal da água”, lembra.
Morales recorda também que uma dessas empresas visitadas, a Watergen, já desenvolvia naquela época a tecnologia para retirar água da atmosfera e após um processo de filtragem, transforma essa bebida em água potável.
“Eles [Watergen] fizeram a doação de 10 máquinas para o MCTI. Em nossa secretaria fizemos um projeto para identificar locais onde essas máquinas poderiam trazer impactos positivos para a população. O intuito era saber se essas máquinas poderiam auxiliar de forma pontual a questão referente as águas no semiárido brasileiro”, explica.
Foram instaladas máquinas em quatro cidades de diferentes estados do Nordeste, Santana do Ipanema (AL), Retirolândia (BA), Monsenhor Tabosa (CE) e João Câmara (RN). Cada cidade recebeu duas máquinas em cada escola. O critério para a escolha das escolas foi a quantidade de alunos matriculados no ensino fundamental.
“Nossos pesquisadores estão avaliando os impactos que essa tecnologia traz para a população. Cada máquina dessas é capaz de gerar cerca de 1 mil litros de água potável de alta qualidade por dia. Em regiões que tinham problema com água”, afirma.
Segundo Morales a pesquisa será útil para as tomadas de decisões do setor público para saber se essa tecnologia poderá contribuir numa escala maior para o fornecimento de água potável para populações que sofrem com a falta de água potável. “Nós obviamente não vamos resolver o problema da seca do Nordeste, mas esse estudo irá trazer subsídios para que os tomadores de decisão possam avaliar o custo benefício de instalar outras máquinas dessas em outras regiões que também sofrem com a falta de água potável”, avalia.
O Instituto Nacional do Semiárido (INSA), unidade de pesquisa do MCTI, tem um papel importante dentro dessa parceria. Eles estão fazendo a recepção e a locação desses equipamentos e adequações para o início do projeto piloto do Água Atmosférica MCTI.
“Gostaria de agradecer e parabenizar nossos pesquisadores do INSA que estão contribuindo com esse importante projeto”, finalizou Morales.
Veja como foi a apresentação: