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MCTI renova acordo internacional do consórcio de telescópios Gemini
Em 8 de dezembro, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, assinou a renovação do acordo internacional do consórcio de telescópios Gemini. O novo acordo tem validade de 1º de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2027, o que garante o acesso da comunidade brasileira aos dois telescópios de oito metros do Gemini por mais seis anos. O acordo atual segue os mesmos termos do anterior.
O Observatório Gemini é um consórcio internacional formado pelo Brasil, EUA, Canadá, Coreia do Sul e Argentina, que opera dois telescópios de oito metros de diâmetro, sendo um localizado na montanha Mauna Kea, Hawaii, e o outro no Cerro Pachon no Chile. O Observatório Gemini é a maior e mais moderna ferramenta observacional brasileira em astrofísica no óptico e infravermelho desde o início de sua operação, em 2001. Esta infraestrutura coloca o Brasil numa posição de destaque em pesquisa na astronomia mundial.
A renovação do acordo internacional do Gemini vem ao encontro da recente definição das áreas estratégicas do MCTI. Na Área Estratégica Espacial, o Gemini é peça fundamental para a pesquisa astronômica brasileira e internacional. Também na Área Estratégica Internet das Coisas, o Gemini é uma importante plataforma de desenvolvimento de tecnologias de operação de equipamentos científicos de forma remota. Todos os instrumentos do Gemini, incluindo os telescópios, têm tecnologia embarcada para serem operados e monitorados via internet.
Destaca-se também que o desenvolvimento de instrumentos astronômicos pelo Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), unidade de pesquisa vinculada ao MCTI, é um exemplo de desenvolvimento tecnológico da produção industrial, por meio de novas tecnologias que podem ser transferidas para a indústria nacional, em consonância com as Áreas Estratégicas Produção Industrial e Habilitadoras de Materiais Avançados.
A relevância dessa infraestrutura para o Brasil se faz mais evidente pela expressiva produção científica realizada com dados obtidos com esse telescópio – o Brasil é o país com maior taxa de publicação por tempo desse consórcio –, na formação e capacitação de novos astrônomos, e sobretudo, na formação e capacitação de tecnologistas especialistas em instrumentação astronômica.