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MCTI discute cooperação com países africanos no combate à pandemia da Covid-19
Foto: Ismael Junior - ASCOM/MCTI
O MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações promoveu uma reunião com representantes de países africanos – África do Sul, Zimbábue e Botsuana -, nesta segunda-feira (13), para discutir soluções conjuntas para o enfrentamento da pandemia da Covid-19. Em novembro, a África do Sul foi o primeiro país a detectar uma nova cepa do coronavírus, a Ômicron, apontada como “variante de preocupação”.
No encontro foram apontadas possibilidades de parceria, por meio da Rede Vírus MCTI, no sequenciamento de genomas, em exames diagnósticos para a Covid-19 e na realização de testes de vacinas que estão sendo desenvolvidas no Brasil. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, destacou a importância da cooperação entre os países no enfrentamento da pandemia. “Temos a possiblidade de compartilhar os avanços já obtidos em termos de pesquisa científica. Essa parceria é fundamental para reduzir os efeitos e impactos que podem ser causados pela Ômicron e para vencer a pandemia.”
O secretário de Pesquisa e Formação Científica do ministério, Marcelo Morales, explicou que todo o trabalho realizado pelos pesquisadores e especialistas da RedeVírus MCTI está à disposição dos países africanos. “A gente tem a possibilidade de contribuir tudo o que a gente está fazendo na rede. Ninguém está salvo enquanto todos não estiverem a salvo”, afirmou. Entre as soluções que podem ser compartilhadas, Marcelo Morales destacou os testes diagnósticos desenvolvidos, o sequenciamento do coronavírus realizado pela sub-rede Corona-Ômica.BR MCTI, e as estratégias de vacinas que estão em andamento no Brasil.
O Encarregado de Negócios da Embaixada da África do Sul no Brasil, Bingo Thamaga, afirmou que o país conta com uma rede estruturada de especialistas e foi o primeiro a identificar a variante Ômicron do coronavírus. Ele defendeu uma distribuição de vacinas de forma mais igualitária em todo o mundo. Segundo Bingo Thamaga, o foco agora é ampliar a vacinação em todo o continente africano como forma de controle da Covid-19 e do possível surgimento de novas cepas.
Tebogo Motshome, embaixadora de Botsuana no Brasil, e Kossam Mupezeni, encarregado de Negócios do Zimbábue no Brasil, reforçaram que a luta contra o coronavírus é um desafio para os países africanos. Eles garantiram que vão avaliar as melhores formas de cooperar e receber a ajuda oferecida pelo Brasil.
O encontro foi mediado pelo secretário executivo do MCTI, Sergio Freitas, que reforçou o compromisso do ministério em estimular e fortalecer a cooperação internacional em ciência, tecnologia e inovação para o enfrentamento dos desafios globais. O encontro também contou com a participação, de forma virtual, de representantes do Brasil em países africanos.
Ômicron
A nova cepa do coronavírus, Ômicron, foi detectada pela primeira vez na África do Sul, em 26 de novembro, e apontada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “variante de preocupação”. Essa nova linhagem possui mais de 30 mutações na proteína Spike, considerada a principal do SARS-CoV-2, e pode estar associada à maior transmissão e à capacidade de escape de anticorpos bloqueadores de infecção induzidos por infecção prévia ou vacinas.