Avanços nos setores espacial e nuclear do Brasil são destaques no eixo de Tecnologias Estratégicas

No segundo vídeo da série “Realizações 2021 MCTI”, o ministro astronauta Marcos Pontes deu destaque ao setor de tecnologias estratégicas. Nesse eixo, o ministro ressaltou as ações realizadas em cinco temas: Programa Espacial Brasileiro; Programa Nuclear; Segurança Cibernética; Segurança Pública e de Fronteira e Defesa.

O ministro explicou que as tecnologias estratégicas permitem ao Brasil reafirmar a sua soberania. Segundo ele, o Programa Espacial Brasileiro é formado por seis eixos: infraestrutura, satélites, foguetes, aplicações de espaço, regulação e cooperações internacionais. “Promovemos grandes mudanças no Programa Espacial Brasileiro desde o início da minha gestão. Em três anos, o nosso  programa espacial avançou décadas de estagnação”, afirmou Marcos Pontes.

Em termos de infraestrutura na área espacial, o ministro destacou medidas implementadas no Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, como a entrega de títulos de terras a quilombolas que vivem na região, um problema resolvido depois de 36 anos. Na região, também foi instituído o Programa de Desenvolvimento Integrado de Alcântara, com participação de diversos ministérios, entidades e representantes da comunidade. “Tudo isso foi possível por causa da assinatura, em 2019, do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas entre Brasil e Estados Unidos, depois de 20 anos de espera.”

No eixo de satélites, Pontes disse que o MCTI lançou 4 satélites desde o início da gestão. Um deles, o Amazônia 1, lançado em fevereiro deste ano, foi o primeiro satélite de observação da Terra totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. “Todos esses satélites estão operando e já estamos desenhando outros satélites”, afirmou.

Também em 2021 houve o teste do Motor-Foguete S50,  que é um projeto 100% nacional. O S50 é o maior motor-foguete já fabricado no hemisfério sul, com 12 tone ladas de propelente sólido, e com tecnologias inovadoras para o programa espacial brasileiro, como o uso de fibra de carbono para a produção do envelope-motor, o que o torna mais leve e eficiente. 

Em relação a cooperações internacionais, o ministro destacou a participação do Brasil no Programa Lunar NASA Artemis. O programa da Agência Espacial Americana (NASA) pretende levar a primeira mulher e o primeiro homem negro à superfície lunar em 2024 enquanto desenvolve as tecnologias e experiência para organizar uma missão humana a Marte. O Brasil é o único país da América Latina e o 12º no mundo a entrar para a seleta lista de parceiros.

Programa Nuclear

No setor nuclear, Marcos Pontes lembrou que o MCTI é responsável pela política nuclear no país, que se estende a várias áreas como saúde, indústria e meio ambiente. “Um grande avanço que tivemos foi a separação de uma parte da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) para criar a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear”, afirmou. Outra conquista do MCTI em 2021 na área nuclear foi a adesão do Brasil como membro associado da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em francês).

Segurança e defesa

Dentro das tecnologias estratégicas, a segurança cibernética é outro tema de relevância. De acordo com Marcos Pontes, o MCTI tem trabalhado junto com o Exército Brasileiro no desenvolvimento de sistemas para evitar ataques cibernéticos e já lançou edital para o desenvolvimento do primeiro centro nacional de inteligência artificial focado em segurança cibernética.

No setor de segurança pública e de fronteira, o MCTI tem atuado com o Ministério da Justiça no apoio ao desenvolvimento de tecnologias associadas à inteligência artificial. Na área de defesa, ressaltou o ministro, a Financiadora de Estudos e Projetso (Finep), empresa públca vinculada ao ministério, tem financiado programas voltados para tecnologias de defesa do país. “Isso é muito importante para a nossa soberania.”

Assista ao segundo vídeo da série "Realizações MCTI 2021":