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Ações de combate à pandemia são destaque no capítulo sobre Tecnologias para Qualidade de Vida
Em mais um episódio da série do MCTI sobre as realizações da pasta em 2021, as iniciativas para o combate à pandemia de Covid-19 foram destaques no capítulo dedicado a Tecnologias para Qualidade de Vida. Apresentada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, e transmitida nas redes sociais do ministério, a série apresentou nesta terça-feira (28) a sua sexta parte.
O ministro Pontes iniciou o programa lembrando que uma das missões do MCTI é usar a ciência, tecnologia e inovações para melhoria da qualidade de vida da população. Dentro do eixo de saúde, que faz parte das Tecnologias para Qualidade de Vida, o ministério continuou seguindo as estratégias definidas pela RedeVírus MCTI, um comitê de especialistas que elaborou um conjunto de ações para o combate a pandemia com uso de ciência e tecnologia.
“Vocês viram durante a pandemia a importância da ciência para salvar vidas. Desde 10 de fevereiro de 2020, antes de a OMS declarar a pandemia, nós instituímos a RedeVírus aqui no MCTI formada por pesquisadores que nos deram as diretrizes e estratégias para o combate a pandemia para auxiliar nas soluções de problemas para a frente de combate”, disse o ministro.
Marcos Pontes explicou que a estratégia foi dividida em ações emergenciais e contínuas, onde o ministério atuou no auxílio à produção de equipamentos de proteção individual e coletiva; análise de águas residuais, estudo com animais silvestres; desenvolvimento de testes diagnósticos nacionais e produção de respiradores no país. “Hoje podemos dizer com orgulho que o Brasil não depende de nenhuma peça nem ventiladores pulmonares do exterior”, afirmou.
Outras ações foram o reposicionamento de medicamentos; pesquisas feitas com soro de cavalos; estudo do plasma de pacientes recuperados da Covid e vacinados; estudos para medicamentos com tecnologias de nucleosídeos e nucleotídeos; o sequenciamento genético do vírus; o isolamento da nova variante ômicron pela subrede Corona-ômica; e estudos sobre os efeitos da doença e impactos sociais.
O ministro também deu destaque às 15 estratégias de vacinas financiadas pelo ministério. Uma delas, desenvolvida pelo Senai-Cimatec na Bahia, passará em breve pela fase de testes em pacientes. “Nós investimos em 15 tecnologias de vacinas. Desse total, 5 estão na Anvisa. Uma delas, que é uma vacina de mensageiro RNA, pelo Senai Cimatec na Bahia, já passou pela agência e começa nas próximas semanas os testes clínicos com pacientes. Nós temos os recursos para que tudo isso aconteça”, garantiu Pontes.
Outra estratégia de destaque é a criação do Centro Nacional de Vacinas, em Minas Gerais, que vai atuar na pesquisa e produção de lotes de imunizantes que poderão ser produzidos em escala por empresas. De acordo com o ministro, isso dá independência ao país e autonomia. Outra vantagem é que o centro será capaz de adaptar imunizantes à realidade brasileira e pesquisar vacinas para doenças como zika, chikungunha e dengue.
“Eu determinei uma estratégia para que o Brasil seja independente na produção de vacinas. Nós temos de ser capazes de desenvolver nossas vacinas. Nós criamos o Centro Nacional de Vacinas, destinamos R$ 50 milhões. Esse centro vai aumentar o CT vacinas da UFMG, e com ele seremos capazes de conectar a pesquisa com as empresas de forma que uma tecnologia desenvolvida por nossos cientistas, esse centro vai ser capaz de produzir pequenos lotes de insumo para fazer testes em animais de forma que aquela vacina possa ser escalada pelas empresas”, pontuou.
O ministro ainda destacou o investimento da pasta no aumento da capacidade de infraestrutura de pesquisa do país. Foram 13 laboratórios de campanha em universidades de todo o país que realizaram mais de meio milhão de testes diagnósticos. Também foram escolhidos 18 laboratórios que foram aumentados para o nível de biossegurança 3, para melhor lidar com pesquisas com o vírus.
Também há o projeto do laboratório de nível de biossegurança 4, no Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), que opera o Sirius. “Esse laboratório vai ser o único no planeta a estar acoplado a um acelerador de partículas, o que permite a análise detalhada do vírus, ver esse vírus em ação, e o aumento do conhecimento”, disse Pontes.
Nas ações voltadas ao saneamento básico, o ministro afirmou que a pasta trabalha com empresas para o desenvolvimento de sistemas que ajudem na liberação de detritos nos rios. Na parte de segurança hídrica, que cuida em levar água a regiões onde ela falta, Pontes ressaltou ações como o centro de testes de equipamentos de dessalinização e o programa de Água Atmosférica, que utiliza máquinas doadas por Israel para a produção de água a partir do ar.
Já na área de tecnologias assistivas, que ajudam pessoas com deficiência, o ministro citou duas iniciativas. “O ministério criou em Uberlândia, um Centro de Tecnologias para Pessoas com Deficiências e Doenças Raras, o que é importante para o desenvolvimento de tecnologias de ponta e baratear o custo dessas tecnologias para que as pessoas possam utilizar. Nós também criamos o Plano Nacional de Tecnologias Assistivas em parceria com outros ministérios, para colocar em prática decretos e leis que tratam dos direitos das pessoas com deficiência”.
O programa terminou com a descrição de tecnologias sociais, usadas por comunidades tradicionais para levar desenvolvimento com uso de recursos locais. “Tecnologias sociais são usadas por comunidades tradicionais, com uso do coco babaçu, açaí, cupuaçu. Nós temos por exemplo no Bailinque (PA), um campo de provas para o desenvolvimento de ecossistemas de tecnologias tradicionais. Isso vai aumentar o valor agregado de produtos e ter um melhor aproveitamento desses recursos mantendo a sustentabilidade”.
Assista a este e todos os demais episódios no Canal do MCTI no YouTube: