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MCTI participa da abertura do SpaceBR Show 2021
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, participou na segunda-feira (8) da abertura da 1ª edição do Fórum SpaceBR Show. A intenção do evento é integrar os diversos atores da comunidade do setor, formada pelas indústrias, instituições de ensino e pesquisa, usuários públicos e privados, além de divulgar para a sociedade os avanços espaciais, atraindo investidores e jovens para conhecer estas oportunidades.
Na programação do Fórum serão apresentados e debatidos tendências e oportunidades para toda a cadeia produtiva do setor, formada por veículos lançadores, centros de lançamento, satélites, sistemas e estações de recepção no solo.
O SpaceBR Show busca se alinhar às recentes mudanças dos programas espaciais governamentais ao redor do mundo provocadas pelas mudanças desruptivas do chamado New Space como uma nova forma de atingir e usar o espaço, ampliando a participação do setor privado no setor e colaborando com o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro.
Em sua fala o ministro do MCTI, Marcos Pontes, destacou que o sucesso do programa espacial depende de quatro fatores. “A primeira é orçamento para realizar investimentos. A segunda é qualificação de pessoal para trabalhar neste setor que exige alta qualificação. A terceira é coordenação e governança desse sistema e em quarto lugar, termos uma legislação necessária para trazer segurança jurídica a quem tem interesse de investir”, explicou Pontes que reforçou que "não adianta ter orçamento e não ter pessoal qualificado”.
Outro ponto ressaltado pelo ministro do MCTI diz respeito à governança. Pontes defende a criação de uma empresa pública independente e temporária. “Isso é importante para fazer o gerenciamento e controle desses recursos para o desenvolvimento do setor espacial”.
O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI), Carlos Moura destacou que o amadurecimento do Programa Espacial Brasileiro é construído a cada ano. “Existe um legado que foi construído com os Fóruns da Indústria Espacial Brasileira realizados entre 2017 e 2019. Tivemos a oportunidade de interagir e trocar experiências com profissionais das diversas esferas, de governo, do setor privado, esfera federal, estadual, municipal. Tivemos palestras de representantes da NASA, JAXA, ESA”, enumerou Moura lembrando que em 2020 por conta da pandemia, o evento foi realizado em formato virtual.
Sobre o SpaceBR Show Moura explicou que o papel da AEB/MCTI é contribuir na união de esforços para conectar todos os agentes das atividades espaciais com investidores em todas as fases, desde a concepção, até a operação desses sistemas. “Percebemos que existem vários impulsionadores deste novo momento espacial. O importante papel do setor privado, os projetos orientados por negócios, todo o dinamismo de inovação esse alargamento da base de participantes”, afirmou.
Moura lembrou também que uma comitiva do MCTI esteve recentemente em Dubai onde participou de cinco eventos (Expo Dubai, Space Week, Space for Women, IAC, GITEX), alguns deles mais focados em espaço, no caso do Congresso Internacional de Astronáutica. “Foi uma oportunidade singular de interagirmos com várias organizações e agências espaciais de outros países”, avaliou o diretor da AEB/MCTI.
Outro palestrante da mesa de abertura do Fórum foi o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI), Clezio De Nardin, que destacou a importância da questão orçamentária. “O nosso ministro Marcos Pontes tem feito um esforço gigantesco para aumentar a participação do setor espacial no PIB brasileiro. Inclusive está no último plano no Programa Espacial Brasileiro a sugestão de se duplicar o orçamento do setor espacial para investimentos e ampliação do setor. Ainda não conseguimos êxito, mas continuaremos trabalhando”, garantiu.
Por fim Nardin destacou a importância do mercado. Ele lembrou também que o MCTI tem programas que contribuem para trazer o mercado e a inovação para dentro do Programa Espacial Brasileiro. “A grande diferença do setor espacial para os demais setores é que o setor de aplicações no mundo, tirando a parte de defesa, é essencialmente do setor privado, mas o setor de lançamento e satélite é essencialmente governamental. O grande fomento desse segmento de satélite e de foguetes é governamental. Por isso é importante o apoio do governo federal para que o setor cresça e a gente possa cumprir o nosso papel”, finalizou.
O painel teve como moderador o Fundador e CEO – MundoGEO, Emerson Granemann e também contou com a participação do presidente da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE), brigadeiro do Ar Rodrigo Alvim de Oliveira.