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MCTI estuda produção de radiofármacos por laboratórios especializados
Foto: Wesley Sousa (ASCOM/SEAPC/MCTI)
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, participou nesta terça-feira (30) de uma reunião com representantes do laboratório Cristália e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), que faz parte da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia vinculada ao MCTI. O laboratório sugeriu que a produção de radiofármacos, que hoje são produzidos exclusivamente pelo IPEN, pode ser auxiliada pela iniciativa privada e colocou-se à disposição do ministério e do país para estudar uma possível parceria.
O ministro Marcos Pontes demonstrou entusiasmo pela possibilidade. “Se a gente tivesse uma empresa pública, por exemplo, uma fundação, que consiga fazer essas transações sem ter que manejar recursos na caixa do Tesouro o problema estaria resolvido”. Hoje, o recurso gerado pela produção de radiofármacos do IPEN, que são vendidos para hospitais de todo país, não retornam diretamente para o instituto. O dinheiro vai para o Tesouro Nacional e só depois o Governo Federal libera recursos dentro do orçamento para o ministério, que o divide com as diversas vinculadas – entre elas a CNEN/MCTI.
O diretor de Pesquisa de Desenvolvimento da CNEN/MCTI, Madison Almeida, destacou que o Brasil ainda é dependente da importação destes radioisótopos, mas que a produção de radiofármacos no IPEN não está comprometida, e aponta uma solução no futuro. “Nós temos hoje uma dificuldade orçamentária; a dificuldade produtiva inexiste. O fato é que o Brasil ainda é dependente da importação desses radioisótopos, dos quais com o Reator Multipropósito Brasileiro pronto daqui cinco anos, nós seremos independentes”.
Recentemente o País passou por uma descontinuidade na produção de radiofármacos, necessários para milhares de pacientes em tratamento de câncer no país. O MCTI conseguiu de forma emergencial recursos do Governo Federal para a manutenção da produção destes medicamentos. Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro Marcos Pontes, esclareceu que o gargalo na produção dos radiofármacos ainda são entraves orçamentários. “O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações tem tomado uma série de ações desde junho de 2020, há mais de um ano, e chegou nessa situação por causa de fatores contribuintes. O problema não está resolvido, é um problema sério. Nós colocamos R$ 19 milhões no limite da lei orçamentária, mas isso não vai resolver o problema”, declarou o ministro na ocasião.
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