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COP26
MCTI e Met Office reforçam cooperação internacional na área de mudança do clima
O secretário de Política e Formação Científica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcelo Morales, reuniu-se na segunda-feira (8), com o chefe de Ciência e Tecnologia do Met Office, Stephen Belcher, e o coordenador de Impactos Climáticos do Met Office Hadley Centre, Richard Betts. A reunião ocorreu na área do Science Pavillion da 26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
A pauta contemplou novos projetos de cooperação na área de adaptação à mudança do clima e a viabilização do intercâmbio de especialistas na área de infraestrutura e modelos climáticos.
“Temos uma história de cooperação internacional relevante e é importante que essa parceria continue e se consolide por meio da transferência de conhecimento e de capacitação”, afirmou Morales.
A cooperação entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) e o Met Office, serviço nacional de meteorologia do Reino Unido, na área de mudança do clima ocorre desde 2004 por meio de capacitação dos pesquisadores brasileiros e fornecimento de dados climáticos para o desenvolvimento dos primeiros estudos sobre o tema no Brasil.
Os modelos climáticos britânicos, que estão entre os melhores do mundo, são utilizados para as projeções associadas à mudança no clima, que podem ser consultadas na Quarta Comunicação Nacional do Brasil à UNFCCC, o documento mais recente submetido pelo Brasil à Convenção do Clima. A cooperação internacional entre os institutos também promove benefícios para outras instituições de todo o País por meio da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede CLIMA).
Além disso, INPE/MCTI e MetOffice têm um Memorando de Entendimento no âmbito da implementação do projeto de pesquisa "Ciência do Clima para a Parceria de Serviços Brasil" que tem por objetivo construir sólida parceria entre os dois institutos.
“Met Office e INPE trabalham juntos há 25 anos e esta pesquisa foca, principalmente, na ciência da Floresta Amazônica e na influência da mudança do clima no crescimento da floresta e como a floresta contribui com o ciclo global de carbono”, afirmou Belcher. “Como nós sabemos, a floresta amazônica retira dióxido de carbono do ar. A grande questão é: isso vai continuar a acontecer no futuro ou será efetivo no futuro. Portanto, há uma enorme pesquisa meteorológica, medições na própria floresta, bem como simulações computacionais para tentar compreender esse futuro”, finalizou.
Ao final do encontro, ficou acertado que em 2022 ambas instituições receberão pesquisadores para colaborarem mutuamente, expandindo a possibilidade de capacitação de pesquisadores e de avanço nas pesquisas em mudanças ambientais globais.