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Ministério apresenta iniciativas para a transição verde no Brasil
Foto: Wesley Sousa (SEAPC/MCTI)
O ministro substituto da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcelo Morales, apresentou as principais iniciativas conduzidas pela pasta para o enfrentamento e a redução dos impactos causados pelas mudanças climáticas no Brasil, nesta terça-feira (26), durante o evento “Acelerando a transição verde: como Suécia e Brasil estão expandindo as possibilidades”. O encontro virtual, promovido pela Business Sweden em conjunto com a Embaixada da Suécia no Brasil, é preparatório para a COP26 (26ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que será realizada em Glasgow, na Escócia, de 31 de outubro a 12 de novembro.
“As ações do MCTI são o que há de melhor na ciência disponível e têm sido desenvolvidas como alternativas para lidar com os desafios relacionados à busca pelo crescimento verde no Brasil e nos ajudar a atingir os objetivos de equilíbrio das emissões em 2050”, afirmou o ministro substituto. Segundo Morales, as iniciativas servirão de inspiração para os tomadores de decisão no processo de implementação de políticas e medidas de redução de riscos socioambientais, fomento a novos padrões de consumo e viabilização de modelos que prezem pela sustentabilidade e pelo bem-estar social.
Dentre as medidas já implementadas pelo MCTI, o ministro substituto destacou o projeto Opções de Mitigação de Emissões de Gases de Efeito Estufaem Setores-Chave no Brasil - realizado com recursos do Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF) e em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Os resultados do projeto subsidiam a tomada de decisões sobre ações que potencialmente reduzem as emissões de gases de efeito estufa (GEE) nos principais setores da economia brasileira.
A partir desses dados, foi criado, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, com recursos do Fundo Verde Clima, o projeto Avaliação das Necessidades Tecnológicas para a Implementação de Planos de Ação Climática no Brasil (TNA_BRASIL). Essa iniciativa estabeleceu um consenso nacional para o desenvolvimento de Planos de Ação Tecnológicos, considerando setores prioritários e tecnologias-chave, para o cumprimento dos objetivos de mitigação do país.
Outra ação apontada pelo ministro substituto foi o Simulador Nacional de Políticas Setoriais e Emissões (SINAPSE MCTI), plataforma oficial do Governo Brasileiro, lançada recentemente, para projetar cenários de implementação de políticas públicas setoriais e potencial de redução de emissões de GEE. Como instrumentos voltados à sustentabilidade, Marcelo Morales citou também o programa Regenera Brasil, de regeneração de áreas degradadas, e o projeto Sistema Amazônico de Laboratórios Satélites (SALAS MCTI), que apoia o desenvolvimento de cadeias produtivas de bioeconomia.
Covid-19
O ministro substituto também lembrou a atuação da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede CLIMA), do MCTI, com especialistas em mudanças climáticas e economia, para avaliar os impactos econômicos causados pela Covid 19 e traçar estratégias de desenvolvimento sustentável para a recuperação da economia brasileira no pós-pandemia. O grupo, segundo ele, concluiu que os investimentos verdes promoveriam o crescimento econômico de longo prazo. Em 2030, o PIB acumulado seria 4,25% maior, o consumo das famílias acumulado aumentaria em 8,7% e o nível de ocupação, em 2,6%.
Para o ministro do Meio Ambiente e Clima da Suécia, Per Bolund, os efeitos das mudanças climáticas já atingem todo o mundo e os países precisam começar a agir rápido. “O tempo é curto e precisamos começar a correr. E só podemos fazer isso juntos, somando esforços.”
A embaixadora da Suécia no Brasil, Johanna Brismar-Skoog, afirmou que a mudança climática é um dos maiores desafios da humanidade, mas enfatizou os vários aspectos de cooperação possíveis por meio da parceria estratégica entre os países. “Essa transição verde representa muitas oportunidades. Isso é visto por meio de exemplos e diálogos, como o de hoje.”