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Marcos Pontes participa de webinário sobre Olimpíadas de Ciência em Sala de Aula
A importância das olimpíadas de ciências e de conhecimento para o ensino básico e para a promoção da alta performance acadêmica na escola e para o desenvolvimento tecnológico e da inovação no país foram debatidos na segunda-feira (4) durante webinário promovido pelo grupo Somos Educação. O evento virtual com tema, “Olimpíadas de Ciências em Sala de Aula” contou com a participação virtual do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações astronauta Marcos Pontes na mesa de abertura.
O webinário discutiu questões como a importância de trazer as olimpíadas de ciências para a rotina dos alunos, dos professores e das escolas e a relação desta ação para o aumento da alta performance acadêmica dos alunos e o desenvolvimento tecnológico do país; o apoio do MCTI junto à diversas olimpíadas, dentre elas a Olimpíada Nacional de Ciências – ONC e a Olimpíada Brasileira de Astronomia – OBA; o alcance das olimpíadas com o uso de tecnologias, inclusive na aplicação de provas com as plataforma digitais e como motivar os alunos, os pais, as escolas e professores a participarem das olimpíadas, promoverem esse debate da Ciência desde as séries iniciais.
Durante a fala inicial, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, ressaltou que as Olimpíadas são estratégicas e um tema de extrema importância no ministério. “Eu coloquei na estrutura do ministério uma secretaria inteira, de Articulação e Promoção da Ciência (SEAPC/MCTI) voltada para a divulgação e para trazer jovens para as carreiras de ciências e tecnologia. Não adianta termos muita tecnologia se não tivermos jovens interessados nessas carreiras. Sabemos que o futuro de todas as profissões estará ligado a tecnologia”, declarou Pontes que também revelou o que pensa sobre essas competições.
“Vejo nas olimpíadas do conhecimento ferramentas muito interessantes para trazer desafios para os alunos, desmistificar algumas matérias. Essas competições trazem para os alunos melhor familiaridade com o conteúdo, também desenvolvem a capacidade de aprendizado, desenvolvem a questão de autoestima, autoconfiança, melhora as experiências interpessoais. E muitos alunos melhoram não apenas na olimpíada que participam, mas também em outras matérias por perceberem a importância do conhecimento”.
Um dos temas abordados no webinário foi a importância da tecnologia como mediadora durante a pandemia e os avanços da tecnologia no setor educacional.
Marcos Pontes lembrou que no início da pandemia a área das comunicações ainda estavam na pasta sob sua liderança. “Trabalhamos muito para primeiro, garantir a estabilidade do sistema de comunicações de forma que não houvesse um colapso com tantas pessoas acessando a rede ao mesmo tempo, segundo que a gente pudesse levar as aulas para crianças e jovens mesmo estando em casa”, lembrou Pontes que citou também outro importante projeto iniciado na época.
“O padrão de cobertura de internet não é tão bom nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Fizemos um grande esforço para aumentar a conectividade com o programa MCTIC Conecta Brasil no qual o ministro das Comunicações, Fábio Faria, tem dado continuidade. Como nem todos os alunos têm acesso a internet decidimos liberar canais na TV Digital com multiprogramação cada canal era dividido em quatro. Um era usado para a programação normal e os outros três podiam ser usados para ciência, saúde ou educação. Com isso conseguimos atingir mais alunos”.
Ao final de sua fala o ministro deixou uma mensagem para os professores do Brasil. “O recado que tenho é de agradecimento pelo trabalho que fazem. Na minha opinião o professor é a carreira mais importante de todas, porque sem professor não há engenheiro, médicos, aeronautas, astronautas nem nenhuma outra profissão. Temos muitas dificuldades sem dúvida nenhuma, mas um professor faz toda a diferença. As vezes a escola tem dificuldade na estrutura da escola. Mas um professor dedicado consegue mesmo com essa dificuldade um monte de alunos que vai muito bem nas olimpíadas do conhecimento.
Outro representante do MCTI no evento foi o diretor do Departamento de Promoção e Difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação, Daniel Lavouras que antes de entrar no ministério ajudou a fundas dezenas de olimpíadas do conhecimento. “Sabemos que a real moeda dentro de uma escola se chama engajamento. O que pode mobilizar e engajar alunos e professores. E as Olimpíadas conseguem fazer isso. Essas competições são ferramentas extremamente efetivas para transformar realidades”, destacou Lavouras que ainda deixou um convite para professores e alunos.
“Quem ainda não conhece procure se informar sobre as olimpíadas do conhecimento que são competições fantásticas. Têm olimpíadas em todas as áreas e o aluno vai acabar achando uma numa área que gosta. Participe das olimpíadas que vocês vão descobrir um mundo completamente novo que vai tornar a aprendizagem muito mais divertida”, finalizou.
O evento também contou com a participação do coordenador-geral da Olimpíada Nacional de Ciências, Jean Carlo Catapreta, do diretor presidente do SOMOS, professor Mario Ghio Jr, e da diretora pedagógica do SOMOS, professora Tania Fontolan.
Olimpíadas Científicas
Atualmente 62 olimpíadas de conhecimento recebem o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) via edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao ministério. As competições são voltadas a estudantes de diferentes faixas etárias, do ensino fundamental 1 até o ensino médio, e algumas até do ensino superior. Por ano, quase 20 milhões de alunos participam dos eventos nacionais, que premiam os melhores colocados, e servem como seletivas para disputas internacionais.