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Uma escola com a cabeça nas estrelas
Um grupo muito especial participou da cerimônia de entregas dos 1000 dias do Governo Federal com o MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações realizada na quarta-feira (29) em Manaus (AM). Mais de 300 estudantes da Escola Estadual Osmar Pedrosa estiveram na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) acompanhando as atividades do POP Ciência e muitas outras.
Um dos responsáveis pelo entusiasmo dessa garotada é o professor Antônio da Mata, administrador da escola, fundador e coordenador do Departamento de Estudos em Tecnologia em Ciências Espaciais. O departamento tem o objetivo de difundir o estudo de astronomia e astronáutica para alunos do ensino fundamental e desenvolver noções de ciência nos estudantes.
“Eles são apaixonados pelos temas e têm muita admiração pelo nosso ministro astronauta”, disse o professor, explicando a reação dos alunos à presença do ministro do MCTI, astronauta Marcos Pontes. “Nossa escola participa de todas as olimpíadas promovidas pelo MCTI. Isso faz parte do nosso cotidiano — não é um tema a mais — está inserido no nosso trabalho diariamente.”
O departamento coordena as atividades das olimpíadas do MCTI no âmbito da escola e o contato dos alunos com os temas promovidos se dá por meio das olimpíadas. São mais de 400 alunos envolvidos diretamente, de um total de 1600 da instituição. “É muito importante o trabalho do MCTI que já nos dá todo o aparato de suporte pedagógico, o que nos permite apenas aplicar a cultura de STEAM na metodologia do ministério”, afirma o professor. “Mesmo os que alunos ué não participam diretamente acabam se envolvendo pela característica transversal dos temas de ciência e tecnologia.”
O professor também elogiou o POP Ciência, como uma possibilidade de expandir o conhecimento dos alunos. “A garotada ficou muito motivada e todos querem bater uma foto com o ministro, que é o ídolo da escola”, afirmou. Ele apontou um grupo de alunos uniformizados com macacões azuis e revelou que aquele grupo é formado por duas equipes que se classificaram para a segunda fase da Olimpíadas Brasileira de Satélites (OBSAT) MCTI.
Adriane Custódio da Silva é uma dessas alunas. Integrante da equipe Alfa Centauri 2, ela tem 13 anos e cursa o oitavo ano do ensino fundamental na Escola Osmar Pedrosa. Ela fala de satélites com clareza e facilidade impressionantes para alguém tão jovem. “Nosso projeto é um subsistema de satélite para monitoramento de queimadas na Amazônia”, explica. “Tem um aplicativo em tempo real que detecta onde ocorrem queimadas e, assim que for detectada, envia uma mensagem para toda a população.”
Ayla Batista de Oliveira, 14 anos, também está no oitavo ano e participa da OBSAT. “Minha equipe faz parte do projeto Socorrendo Vidas, que é uma aplicação do nosso satélite”, diz. Para elas, aprender ciência e tecnologia é uma experiência nova e uma atividade bem-vinda, que ajuda a focar nos estudos. Tanto Ayla como Adriane pretendem seguir carreira nas áreas de ciência e tecnologia. “Queremos aproveitar essa oportunidade que tivemos para continuar estudando ciências”, conclui Adriane.