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Brasil avança 5 posições no Global Innovation Index 2021
O principal índice internacional de inovação, o Global Innovation Index 2021, lançado nesta segunda-feira (20), mostra que o Brasil ocupa a posição 57 entre 132 países, o que representa um avanço de 5 colocações em relação à edição anterior. Na avaliação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o Brasil ainda tem muito a avançar no ranking, tendo em vista o tamanho e potencial da economia do país.
Para alcançar esse objetivo, o governo federal lançou, no final de 2020, a Política Nacional de Inovação. Um dos pilares do desenvolvimento da política foi analisar o Global Index e identificar os pontos em que o país apresenta suas maiores deficiências. O objetivo da política é, em 10 anos, colocar o país entre as 20 primeiras posições do ranking. “Apesar de muito bem posicionado nos índices de produção acadêmica, o Brasil vem apresentando baixo crescimento desde a década de 80 como reflexo da falta de inovação”, avalia Paulo Alvim, secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
A partir da Política, foi lançada em julho de 2021 a Estratégia Nacional de Inovação, composta de iniciativas que buscam orientar a ação do estado e identificar os principais pontos que demandam atenção na forma de políticas públicas. Entre elas, destacam-se temas como a ampliação das parcerias entre o setor público e a iniciativa privada; o estímulo ao uso dos instrumentos do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação; o apoio a programas de desenvolvimento de ideias com potencial de inovação, bem como de suporte a startups; e o estímulo ao interesse das disciplinas de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática), assim como o desenvolvimento de competências para a inovação.
Para a criação da Política Nacional de Inovação, houve intensa participação da sociedade, com duas consultas públicas e várias oficinas, reunindo representantes de todas as unidades da federação. A inovação é uma agenda transversal por natureza – assim, as iniciativas dos diferentes ministérios precisam ser apoiadas por uma política de estado para que se convertam em ações práticas. Com a nova Estratégia Nacional de Inovação busca-se melhorar a capacidade de resposta do Estado, aumentando sua eficiência e otimizando a alocação dos recursos públicos.
Durante o processo de formulação da Estratégia Nacional de Inovação foram identificadas mais de 250 ações já em andamento ou preparação que buscam responder aos desafios de política pública da inovação no país. Elas compõem os planos de ação que foram publicados em conjunto com a Estratégia. “Trata-se de um nível de transparência nunca antes alcançado em termos de políticas públicas de inovação do país, permitindo que o cidadão conheça a atuação do Estado, se candidate para os programas e, inclusive, possa fazer críticas e sugestões, contribuindo com a evolução das ações”, esclarece Paulo Alvim.
A subida no ranking já reflete iniciativas ligadas à Política Nacional de Inovação. Destaca-se, por exemplo, a melhoria nos tempos de concessão de patentes, resultado de intenso trabalho do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, no contexto da Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual, iniciativa associada à Política. Programas de apoio a startups como o Centelha, do MCTI, o Garagem, do BNDES e o InovAtiva, do Ministério da Economia, também têm contribuído para movimentar o ecossistema de desenvolvimento de softwares. E o novo cenário proporcionado pela liberação dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) propiciará ainda mais avanços, como mostra o recente lançamento do programa RHAE, que oferece bolsas para pesquisadores trabalhando em empresas; a chamada universal de projetos de pesquisa do CNPq, fundação do MCTI; e o edital de apoio a ambientes inovadores, como parques tecnológicos.
Essas ações trarão o diferencial da melhor articulação proporcionada pela Câmara de Inovação, que terá o papel de encontrar as sinergias entre os diversos atores do governo, permitindo o desenvolvimento de políticas mais eficientes e com melhores resultados. “Esperamos que o novo modelo de governança proposto pela Política Nacional de Inovação garanta que se torne uma política de Estado e contribua para uma mudança de paradigma na gestão das políticas de inovação no Brasil”, afirma Paulo Alvim.