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Ministro Marcos Pontes diz que Brasil precisa mudar cultura de investimentos em CT&I
Atrair mais investimentos privados para projetos de ciência, tecnologia e inovação é uma mudança de cultura que precisa ser feita em nosso país, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, durante a terceira edição do Webinário Caminhos para o Transbordamento, nesta quinta-feira (15), com o tema “Construindo Entregas para o Transbordamento da Ciência à Inovação nas Empresas”.
O evento é realizado pela Secretaria de Estruturas Financeiras e de Projetos (SEFIP) do MCTI, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O objetivo da série de webinários é integrar pesquisa, mercado e setor público para transformar o conhecimento científico produzido no Brasil em produtos e serviços de inovação para a sociedade.
Segundo o ministro, o ideal é que o Brasil chegue ao nível da Coreia do Sul, que tem 78% de investimentos privados e 22% de investimento público no setor de ciência, tecnologia e inovações. “É aí que a gente quer chegar. Não é fácil e exige uma mudança de cultura. Para isso, a SEFIP trabalha na apresentação de projetos interessantes para atrair investimentos privados e de outras fontes.”
Marcos Pontes ressaltou que o Brasil tem a possibilidade de transformar todo o conhecimento científico em novos empregos, empresas e em desenvolvimento econômico e social. “No final das contas, para cada real que uma pessoa paga de imposto, a gente tem de dar um retorno. Ciência, tecnologia e inovação é o melhor retorno e investimento.”
Lacuna
O secretário de Estruturas Financeiras e de Projetos do MCTI, Marcelo Meirelles, reforçou que o webinário é uma forma de enfrentar uma lacuna no país: o Brasil é o 13º país do mundo em produção de conhecimento científico, mas ocupa a 62ª posição no ranking global de inovação. “Uma das questões é como fazer esse caminho de levar o conhecimento gerado para a indústria transformar em inovação efetiva. Essa foi a ideia que gerou o Caminhos para o Transbordamento”, explicou.
O presidente do CNPq, Evaldo Ferreira Vilela, disse que a instituição conta com 15 mil bolsistas e um portfólio de pesquisas importantes, mas que só tem sentido se for revertido em benefício à sociedade.” A produção científica é importante para mostrar ao mundo que temos uma ciência robusta no país. Mas é preciso ir além e criar mecanismos e ferramentas para juntar a iniciativa privada a esse esforço.”
Durante o webinário, representantes do MCTI, de unidades vinculadas ao ministério e também do setor privado fizeram diversas apresentações distribuídas por três painéis com os seguintes temas: Premissas e Contexto do Transbordamento Científico; Estruturas Financeiras e Fomento à Inovação; Construindo Entregas para o Transbordamento da Ciência à Inovação.
A íntegra do III Webinário Caminhos para o Transbordamento está disponível no canal do MCTI no YouTube https://www.youtube.com/watch?v=GNqA3Gh8mQ4