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MCTI terá apoio de secretaria em projeto com quilombolas de Alcântara (MA)
Em audiência nesta sexta-feira (30), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, pediu o apoio do secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Paulo Roberto, no processo de negociação com a comunidade quilombola que vive no município de Alcântara, no Maranhão. O assunto foi um dos temas do encontro sobre possibilidades de atuação conjunta em diversos projetos entre o MCTI e a secretaria, pertencente ao Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (MMFDH).
Atualmente, o MCTI trabalha na elaboração do Programa de Desenvolvimento Integrado do Centro Espacial de Alcântara (PDI-CEA) que será implantado na região. “Depois de 36 anos conseguimos resolver um problema de títulos de terras quilombolas no município. Quero transformar o Centro de Alcântara em um tipo de Kourou (Guiana Francesa), que tem a maior renda per capita da América Latina”, reforçou o ministro.
Marcos Pontes pediu a ajuda da Secretaria no levantamento de dados precisos sobre a população quilombola da região de Alcântara e também nas negociações com as comunidades para implantar o programa de desenvolvimento integrado no município. “Queremos levar desenvolvimento e infraestrutura para a população, com energia elétrica, saneamento e internet”, frisou o ministro.
O secretário Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Paulo Roberto, reforçou que a pasta poderá ajudar o MCTI na quantificação dos quilombolas na região de Alcântara. “Para uma política ser assertiva, precisamos de dados. Podemos oferecer também o nosso sistema de monitoramento de políticas étnico-raciais, que pode ser utilizado para a região”.
Povos e comunidades
Durante o encontro, o ministro conheceu as áreas de atuação e alguns dos projetos desenvolvidos pela Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Segundo o secretário Paulo Roberto, a pasta tem um trabalho voltado para a população negra do Brasil e também para outros 28 povos e comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas, pescadores e ciganos.
“Sabemos que todos os ministérios têm políticas desenvolvidas para povos e comunidades tradicionais, mas isso não está reunido em um portfólio de projetos. Queremos fazer uma junção de tudo o que o governo federal faz e apresentar nossa expertise para esses públicos específicos”, afirmou o secretário.
A reunião contou com a participação de diversos diretores e coordenadores do MCTI e da secretaria. Na oportunidade, eles discutiram outros projetos implantados pelo MCTI que atendem públicos diversos e poderão contar com a colaboração da secretaria. Entre as iniciativas, projetos na área de promoção da ciência entre estudantes, como as olimpíadas estudantis, de desenvolvimento sustentável na Amazônia, de incentivo à inclusão de mulheres na área científica e de tecnologias assistivas e doenças raras.