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MCTI apresenta dados do Inventário Nacional de emissões de GEE em evento do CNJ
O MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações apresentou na última quarta-feira (2) sua contribuição com relação à quantificação de carbono das florestas públicas e emissões de gases de efeito estufa associadas para a plataforma Sirenejud, uma base integrada de dados abertos sobre clima, florestas públicas e terras indígenas no âmbito do Poder Judiciário brasileiro. A apresentação foi realizada durante o painel ‘Laboratório Ambiental Geoespacial – Sirenejud: integração com a Meta 9, Meta 12’ no 3º Encontro Íbero-Americano – Agenda 2030 no Poder Judiciário. O evento discutiu a institucionalização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS da Agenda 2030 nos Poderes Judiciários e foi organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
As informações do Inventário Nacional de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (GEE) da Quarta Comunicação Nacional do Brasil à Convenção do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), documento do governo brasileiro cuja elaboração é coordenada pelo MCTI, estão disponíveis no Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE), plataforma online desenvolvida e mantida pelo MCTI que apresenta os dados oficiais sobre emissões de GEE do país desde 2016, incluindo toda a série história do país que se inicia em 1990.
O setor Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas (LULUCF, na sigla em inglês) é um dos cinco setores que compõem o Inventário Nacional. A analista técnica para o Inventário Nacional, Roberta Cantinho, explicou que as estimativas de GEE para esse setor são obtidas a partir de um banco de dados espaciais, composto por diferentes mapas, como limites político-administrativos, limite de biomas, carbono orgânico do solo, áreas protegidas, vegetação natural pretérita, e de uso e cobertura da terra. Além disso, à vegetação de cada bioma é associado o estoque de carbono. Para calcular esse número de modo mais fidedigno possível para o bioma Amazônia, por exemplo, foi utilizada a tecnologia mais moderna para estimativa de carbono em florestas, que envolve o uso de sensor aerotransportado.
“Para enriquecer as informações do Sirenejud, os dados do Inventário Nacional de emissões estão sendo utilizados no cruzamento com os dados espaciais de florestas públicas organizados pelo CNJ”, explicou Roberta. “Dessa forma, será possível quantificar o carbono estocado nessas áreas, bem como as emissões brutas de CO2 associadas ao desmatamento”, complementou.
Acesse aqui o relatório de referência do setor LULUCF, documento técnico que apresenta o detalhamento da base de dados, da metodologia e de outras informações, do Inventário Nacional da Quarta Comunicação Nacional do Brasil à UNFCCC.
Acesse aqui e conheça a Quarta Comunicação Nacional do Brasil à UNFCCC.