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Novo embaixador da Rússia visita MCTI e propõe cooperação no combate à pandemia
Foto: Neila Rocha (SEAPC/MCTI)
O novo embaixador da Rússia no Brasil, Alexey Labetskiy, que assumiu o cargo no início de abril, visitou na quinta-feira (22) o MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para tratar de parcerias em diferentes áreas do conhecimento, principalmente no combate à pandemia da Covid-19.
Labetskiy apresentou a intenção do país em cooperar com o Brasil na produção da vacina Sputnik V, além de formar parcerias com instituições brasileiras em pesquisas para tratamento da doença e estudos sobre variantes da Covid-19. Por meio de um acordo com a farmacêutica União Química, o insumo farmacêutico ativo (IFA) do imunizante russo pode ser produzido em larga escala no Brasil. A empresa aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso da vacina no país.
O ministro do MCTI, astronauta Marcos Pontes, defendeu a vacinação em massa como forma de o mundo vencer a doença e também citou o trabalho da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio/MCTI), responsável pela liberação de pesquisas e produtos que utilizem organismos geneticamente modificados (OGMs) no Brasil, o que acontece com a vacina Sputnik V, que usa adenovírus modificado.
“Essa é uma comissão do ministério, que analisa os produtos do ponto de vista da biossegurança. Nós já conversamos com o pessoal da União Química aqui. É muito importante essa fabricação dos insumos no Brasil”, disse. “Eu vejo aqui uma série de possibilidades de cooperação na área da saúde”, complementou.
Pontes também convidou instituições de pesquisa da Rússia a cooperarem com a RedeVírus MCTI, comitê de especialistas que assessora o ministério e formulou as estratégias para o combate à pandemia pelo MCTI por meio do financiamento de projetos de vacinas, testes diagnósticos, sequenciamento do vírus e outras frentes de atuação. Segundo o secretário de Pesquisa e Formação Científica do ministério, Marcelo Morales, a Rede Corona-ômica.BR MCTI, que sequencia o vírus e estuda as variantes em circulação no país, já atua em todo o país, conta com participação de outros países e é responsável pela maior parte da produção científica sobre as variantes da Covid-19 no país.
“A rede de sequenciamento do vírus está presente em todo o território nacional, realiza ainda o isolamento das cepas descobertas e estudos com pacientes vacinados pelos imunizantes em aplicação no país. Nós temos acordo com a Alemanha, Reino Unido e somos responsáveis por 70% das entradas do país nos repositórios internacionais”, afirmou.
Outros temas da reunião foram intenções de cooperar nos setores espacial, promoção da ciência, biodiversidade, nanotecnologia, materiais avançados e intercâmbio de pesquisadores.