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Marinha celebra Dia da Ciência, Tecnologia e Inovação
Foto: Neila Rocha - ASCOM/MCTI
O secretário-executivo do MCTI, Leonidas Medeiros, esteve presente no evento que ocorreu na quarta (28) no Clube Naval de Brasília que celebrou o Dia da Ciência, Tecnologia e Inovação na Marinha. Na cerimônia, que foi organizada pela Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha destacou-se a entrega do Prêmio “Soberania pela Ciência” e o lançamento da 32ª edição da revista Pesquisa Naval. “Eu quero realçar a contribuição imensurável da Marinha, assim como do Exército e da Aeronáutica, para o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil. Muito me orgulha falar das três forças pois sabemos que cumpriremos nossa missão. A Marinha é uma grande parceira na área de pesquisa.”, disse o secretário em seu discurso, no qual também realçou projetos em que o MCTI e a Marinha atuam em colaboração, como o Proantar e o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira.
O Dia da Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha é comemorado em 22 de abril, em celebração ao nascimento do Almirante Álvaro Alberto, cuja contribuição principal foi a implementação do Programa Nuclear Brasileiro, sendo o representante do país na comissão de energia atômica da ONU.
“Registro o desejo do ministro Marcos Pontes no fortalecimento de nossa parceria com a Marinha na área nuclear, assim como com o Ministério de Minas e Energia”, disse o Secretário, que também realçou a importância da assinatura da criação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), que deve acontecer brevemente, e a necessidade dos trabalhos relacionados ao Reator Multipropósito Brasileiro, “que ajudará na produção de radioisótopos usados em diversos tratamentos de saúde, além de aplicações industriais diversas.”
Estiveram também presentes na cerimônia o comandante da Marinha, Almir Garner Santos, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, assim como o secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim, e o secretário de Pesquisa e Formação Científica, Marcelo Morales.
Prêmio Soberania pela Ciência
Com o objetivo de reconhecer e premiar o melhor trabalho desenvolvido por pesquisadores e/ou equipe de pesquisa das Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICT) da Marinha, para o desenvolvimento científico e tecnológico nacional, a Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM) criou o “Prêmio Soberania pela Ciência”.
Uma das agraciadas com o prêmio foi a pesquisa da equipe chefiada por Giselle Lopes, que contêm profissionais de várias entidades, com o título "Bioprospecção marinha: das ciências do mar às ciências da saúde em busca de novos compostos bioativos com potencial antineoplásico”. A pesquisadora se mostrou muito contente. “É um reconhecimento do nosso trabalho. É uma equipe grande que envolve muita gente e um incentivo para a gente continuar”, disse Giselle. Sua pesquisa estuda produtos naturais vindos do mar, no caso, as cianobactérias, também chamadas de “algas azuis”, que são organismos fotossintetizantes que se assemelham a bactérias, e os produtos que podem ser produzidos com ela para o tratamento do câncer cerebral e com a intenção de pesquisar futuramente o uso em outros campos. “Queremos expandir e pesquisar o uso em antivirais e todas as possibilidades”, acrescentou a cientista. “É importante investir em ciência e pesquisa no Brasil porque a gente, os pesquisadores, consegue um incentivo para nossas pesquisas para favorecer a qualidade de vida do ser humano”, finalizou.
O pesquisador e capitão de corveta Emerson Coelho Mendonça também estava muito feliz com o prêmio. Com uma equipe pequena do Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), composta de apenas mais duas pessoas, desenvolveu o artigo “Desenvolvimento de um Veículo Submarino Autônomo de Baixo Custo Utilizando Manufatura Aditiva”. Seu trabalho é uma proposta de um veículo submarino autônomo, ou seja, que não necessita de um piloto humano, para ser construído por uma impressora 3D.“A ideia era construir um objeto complexo, de baixo custo e em pouco tempo”, afirmou Emerson. Bastante emocionado, o cientista finalizou: “Eu fico muito feliz. É uma honra, e a gente neste momento lembra um pouco de nossa trajetória. Dedico esta vitória ao meu pai, que foi meu maior incentivador.”
“Ambos os projetos trazem aplicações práticas para nosso dia a dia e contribuirão para a soberania nacional”, disse o secretário-executivo do MCTI Leonidas Medeiros.