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Em painel da CILAC, ministro defende desenvolvimento da IA voltado ao bem-estar da população
Foto: Neila Rocha (SEAPC/MCTI)
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, participou nesta segunda-feira (26) do Fórum Aberto de Ciências da América Latina e do Caribe (CILAC). Durante o painel de alto nível “Ética e inteligência artificial: desafios e responsabilidades no mundo dos algoritmos”, Pontes destacou que o desenvolvimento da tecnologia deve, em primeiro lugar, gerar qualidade de vida para a população e vencer desigualdades sociais.
“Não podemos ficar focados apenas no desenvolvimento na tecnologia, mas lembrar que o usuário, o ser humano, é a parte mais importante. Qualquer desenvolvimento deve atender ao bem-estar, a qualidade de vida das pessoas, levando em conta as diferenças sociais. O Brasil é um país muito grande, com diferenças entre as regiões, e seria injusto ter o desenvolvimento apenas nas cidades mais desenvolvidas e deixar outras cidades para trás”, afirmou.
Pontes descreveu que a inteligência artificial é uma das prioridades do MCTI desde o início da gestão e está integrada a outra iniciativa, a criação das câmaras da Internet das Coisas (IoT) nas áreas de Saúde, Indústria, Agro e Cidades Inteligentes. Em abril, foi publicada no Diário Oficial a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial, que vai nortear as ações do Estado a fim de estimular a pesquisa, inovação e desenvolvimento de soluções, bem como o uso consciente e ético da IA.
A estratégia conta com eixos transversais para a tecnologia nas áreas de legislação, regulação, uso ético; governança; e aspectos internacionais, além de eixos verticais, voltados às áreas de educação, capacitação, PD&I e empreendedorismo; aplicação nos setores produtivos; aplicação no Poder Público; e segurança pública.
“A inteligência artificial está hoje nos atendimentos, na saúde, na mobilidade. A tecnologia necessária, em software e hardware, tem se desenvolvido de forma rápida, e é necessário que nós nos adaptemos a tudo isso. O MCTI tem a responsabilidade de projetar esse futuro de uma forma viável, eficiente e ética”, pontuou.
Essa é a terceira edição do evento, que acontece de maneira virtual até o dia 28 de abril. O fórum também conta com encontros diários entre os ministros da ciência e tecnologia dos países participantes em diálogos sobre temas como o papel da assessoria e diplomacia científica na tomada de decisões, ciência aberta e novas tecnologias da informação.
A CILAC conta ainda com workshops e apresentações sobre ciência inclusiva, inteligência artificial e economia digital dentro das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas.