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Ministro se reúne com Superintendências Regionais para alinhar ações em CT&I
Foto: Neila Rocha (SEAPC/MCTI)
O MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações promoveu, nesta segunda-feira (29), reuniões para discutir projetos em parceria com as Superintendências do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), do Centro Oeste (Sudeco) e da Amazônia (Sudam). Durante os encontros, representantes do MCTI e das superintendências apontaram os projetos prioritários em ciência, tecnologia e inovação de cada região.
“A ideia é usar a ciência e a tecnologia para melhorar a qualidade de vida das pessoas e o lugar onde elas vivem. Vamos pensar em projeto conjuntos para somar forças e levar o desenvolvimento econômico e social para as regiões”, afirmou o ministro Marcos Pontes. De acordo com ele, a expectativa é que os investimentos nas três regiões sejam ampliados com os recursos que deverão ser liberados por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
A criação de um centro de energias renováveis no Nordeste foi uma das prioridades levantadas durante a reunião com a Sudene. A sugestão é que o centro seja coordenado pelo Instituto Nacional do Semiárido (INSA), unidade de pesquisa subordinada ao MCTI. “Faz todo o sentido ter na Região Nordeste a produção de painéis solares e de energia eólica, por exemplo”, destacou o ministro.
O superintendente da Sudene, Evaldo Cruz Neto, também apontou como importantes um acordo de cooperação técnica em inovação, que está em andamento com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) e o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), além de um edital específico para mulheres empreendedoras da região. “O principal eixo do nosso plano regional de desenvolvimento do Nordeste é a inovação. Então essa parceria com o MCTI e com a FINEP é de suma importância”, destacou Evaldo Cruz Neto.
Em reunião com o superintendente do Centro-Oeste, Nelson Fraga, o ministro tratou sobre a criação de um centro de tecnologias para Economia Circular, com o objetivo de desenvolver a sustentabilidade e melhorar o aproveitamento de resíduos sólidos entre outros temas, como tecnologias inovadoras para a pavimentação de estradas vicinais, conectividade e agro 4.0.
Para o superintendente da Sudeco, o Centro-Oeste é uma região que tem participação importante na economia, mas tem deficiências no desenvolvimento tecnológico. “Conectividade, infraestrutura, economia circular, saneamento, e esta reunião é um marco para que façamos um trabalho conjunto”, avaliou. “Foi muito importante e vamos unir esforços para melhorar o alcance da ciência e tecnologia no Centro-Oeste”.
Durante a reunião, a superintendente do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), Louise Caroline Campos Löw, citou incentivos fiscais e disse que seria um “gancho” interessante para a ciência e tecnologia, na medida que promove benefícios tributários atraindo empresas e as mantendo na região, o que gera emprego e renda.
“A ideia é comum – ações sistêmicas e multisetoriais – e a consolidação da nossa parceria, eu acredito que é muito saudável e só tem benefício para trazer para a população. Eentão, contem conosco para a gente aprofundar a nossa conversa de forma adequada e efetiva com o desenvolvimento desses projetos”, destacou a superintendente da Sudam.
O ministro Marcos Pontes explicou que essa forma conjunta de atuação tem como objetivo ter a produção do conhecimento no país, o que permite transformar produtos e novas tecnologias, melhorando a qualidade de vida para as pessoas, “e isso só pode ser feito através de parcerias com os setores que trabalham no dia-a-dia da população”, disse.
“Para criar essa sinergia com o país inteiro temos que levar as vantagens da ciência e tecnologia para aonde as pessoas estão, nas cidades, nas diversas regiões, nos estados e para isso a gente precisa ter essa parceria muito estreita, a gente precisa ter o desenvolvimento das coisas locais, das carreiras produtivas locais, das empresas em cada local, formação de pessoas no local”, ressaltou o ministro.
Fórum
Durante os encontros, o ministro Marcos Pontes sugeriu a participação das três superintendências em um fórum, a ser realizado no mês de abril, com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e o Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (Consecti). “A ideia é pensar no Brasil como um todo e criar uma sinergia entre as diversas regiões e os estados para distribuir desenvolvimento e reduzir desigualdades.”