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MCTI e CREA-SP debatem cooperação para incentivar carreiras na engenharia
Foto: Leonardo Marques - SEAPC/MCTI
Na terça-feira (30), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, se reuniu por videoconferência com o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP), Vinicius Marchese. O objetivo da conversa foi aproximar as iniciativas do CREA-SP das atividades do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), especialmente no que diz respeito à motivação e incentivo de estudantes para as carreiras de engenharia. Ao final da reunião, as entidades concordaram em elaborar um protocolo conjunto de cooperação.
De acordo com o presidente do CREA-SP, o Conselho pretende expandir sua atuação para uma plataforma de serviços em parceria com outras instituições, públicas e privadas, com foco em desenvolvimento, compartilhamento de informações e geração de empregos. Ele apresentou o curso de pós-graduação oferecido em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), com foco em empreendedorismo e inovação tecnológica.
O ministro citou a portaria do MCTI que estabelece grupos de tecnologias prioritárias – estratégicas, habilitadoras, para produção, para desenvolvimento sustentável e para a qualidade de vida. “O que queremos fazer é trazer mais profissionais para essas áreas e que eles criem mais empresas e startups”, disse. “Podemos tentar conectar os resultados desses cursos e direcionar para essas áreas”.
O secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim, acrescentou: “Além da possibilidade de acoplar as nossas áreas prioritárias com os mecanismos de que dispomos para acelerar as startups, isso é uma oportunidade para que o empreendimento não seja apenas um trabalho de conclusão de curso”. O secretário citou o exemplo de sucesso de programas como o Mulheres Inovadoras, da FINEP/MCTI.
O déficit de profissionais qualificados para a área de tecnologia foi uma preocupação expressada por ambas instituições e foram discutidas estratégias para incentivar as carreiras em ciência e tecnologia, como a realização de uma Olimpíada de Engenharia e um bate-papo ao vivo sobre o tema, com ampla divulgação.
Segundo Marchese, o Brasil vai precisar de mais 1 milhão de profissionais qualificados até 2030. “Dentro dessa proposta de motivação, se conseguirmos só diminuir a evasão dos cursos já teríamos um volume muito mais interessante”, afirmou. “Acho que é importante, para diminuir a insegurança com a profissão, mostrar que haverá espaço, um programa de governo que pode absorver os profissionais”.