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REDEVÍRUS MCTI
RedeVírus MCTI identificou variante do Reino Unido em 15 cidades brasileiras
A Rede Vírus-MCTI comunica que a Rede Corona-ÔmicaBR-MCTI, através do Laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG em colaboração com o Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ e o Instituto Hermes Pardini com sede em Belo Horizonte, identificou e sequenciou 25 genomas de SARS-CoV-2 pertencentes à variante viral do Reino Unido (B.1.1.7 também conhecida como VOC202012/01 ou 501Y.V1) provenientes de oito estados brasileiros.
Os dados encontrados estão de acordo com a tabela abaixo:
Cidade |
Nº amostras |
Data da coleta |
Variante |
Mutações |
Belo Horizonte/MG |
10 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
aa:orf1ab:T1001I aa:orf1ab:A1708D aa:orf1ab:I2230T del:11288:9 del:21765:6 del:21991:3 aa:S:N501Y aa:S:A570D aa:S:P681H aa:S:T716I aa:S:S982A aa:S:D1118H aa:Orf8:Q27* aa:Orf8:R52I aa:Orf8:Y73C aa:N:D3L aa:N:S235F |
Betim/MG |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Araxá/MG |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Barbacena/MG |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Rio de Janeiro/RJ |
02 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Campos dos Goytacazes/RJ |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Curitiba/PR |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Cuiabá/MT |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Primavera do Leste/MT |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Americana/SP |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Santos/SP |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Valinhos/SP |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
São Sebastião do Passe/BA |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Barra do São Francisco/ES |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Aracajú/ SE |
01 |
07 a 21 Jan/21 |
B.1.1.7 |
Idem em todas |
Esclarecemos que estas amostras foram obtidas partir dos exames RT-PCR realizados pelo Instituto Hermes Pardini. O laboratório realizou mais de 740 mil exames de COVID-19 no último trimestre do ano passado em todos os estados do Brasil e dentre estes, foram pré-selecionadas 25 amostras que apresentaram falha na amplificação do gene S. Nestes casos, a confirmação do diagnóstico foi realizada com a detecção do gene N de SARS-CoV-2 por RT-PCR. Cabe ressaltar que a falha na detecção do gene S não invalida o diagnóstico de COVID-19 e já foi descrito como consequência de deleções nas posições 69/70 da proteína de superfície S "spike”.
Desta maneira, ressaltamos a importância da vigilância genômica para essa variante nos demais estados brasileiros e sugerimos que a falha de detecção no gene S relacionado à deleção 69/70 na proteína viral “spike” deve ser levada em consideração na seleção de amostras pertencentes a esta variante. Estudos científicos já sugerem que a linhagem B.1.1.7 é mais transmissível e nossas análises mostraram a sua circulação em cerca de 8 estados, além de São Paulo que já havia sido reportada.
Todos os dados estão sendo disponibilizados em bases de dados públicos nacionais (Corona-Ômica.BR – MCTI) e internacionais (GISAID) com a posterior submissão do trabalho ao periódico científico.
Desta forma, recomendamos, que as providências cabíveis sejam tomadas pelos órgãos estaduais e federais competentes no controle da dispersão das variantes de SARS-CoV-2 em território brasileiro e agradecemos a colaboração com o Instituto Hermes Pardini.
Rede Corona-Ômica.BR-MCTI