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Pesquisadores da RedeVírus MCTI identificam nova variante do novo coronavírus no RS
Na última sexta-feira (8), pesquisadores do Projeto Corona-ômica.Br MCTI, integrantes da RedeVírus MCTI, emitiram um comunicado em que alertam autoridades sanitárias sobre a descoberta, em análise preliminar, da circulação da nova linhagem do novo coronavírus originária do RJ também no Rio Grande do Sul. O projeto tem participação do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), juntamente com o Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale de Novo Hamburgo (RS).
Os pesquisadores, que realizam a análise genômica de 92 amostras virais de circulação recente no estado, identificaram a presença, na proteína S, da variante E484K, a mesma encontrada em mutação em algumas cidades do Rio de Janeiro. Além dessa, foi identificada uma nova linhagem inédita com outras mutações circulando no RS. A nota assinada por Fernando Rosado Spilki, coordenador da Rede Corona-ômica.BR/MCTI, da Universidade Feevale e Ana Tereza Vasconcelos, Coordenadora do Laboratório de Bioinformática – LNCC/MCTI, afirma que os genomas sequenciados foram depositados em bases internacionais e serão descritos em publicação científica.
“Com o objetivo de colaborar com a comunidade científica no enfrentamento da Covid-19, os genomas sequenciados foram depositados em bases internacionais e em breve a caracterização destas amostras serão descritas em publicação científica de amplo acesso”, diz o texto.
Os cientistas ainda destacaram a importância de redes colaborativas para monitorar as variações do vírus e traçar estratégias. “A crescente diversidade genética do SARS-CoV-2 encontrada nesse estudo e em trabalhos recentes no Brasil reitera a importância da constituição de redes de sequenciamento e análises genéticas colaborativas para a realização de vigilância genômica, da necessidade de investimento em pesquisa e formação de recursos humanos de forma contínua para que possamos enfrentar esta pandemia e futuros desafios de saúde pública no país”.
Ambas unidades de pesquisa envolvidas no novo estudo estão ligadas às Rede Corona-ômica.BR/MCTI (Rede Nacional de Ômicas de Covid-19 para identificação de fatores associados à dispersão da epidemia e severidade), uma iniciativa da RedeVírus MCTI, um comitê de especialistas criado em fevereiro de 2020 por portaria do MCTI para traçar estratégias de combate ao vírus com o uso da estrutura científica do país.