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Stand de testagem para Covid-19 com inteligência artificial recebe mais de mil pessoas durante a SNCT
Uma parceria entre a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e a empresa Biogenetics desenvolveu, com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), um teste de coronavírus que analisa a saliva do paciente com raios infravermelhos e determina o resultado por Inteligência Artificial. Uma equipe de cientistas da UFU apresentou a tecnologia durante a 17ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
O teste é chamado de FTIR e já está em fase de avaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O stand da tecnologia recebeu mais de mil pessoas, que passaram pelo teste gratuitamente entre os dias 7 e 13 e receberam os resultados em poucos minutos.
Os pesquisadores que demonstram o projeto explicam que os raios infravermelhos detectam a composição química da saliva do paciente e a Inteligência Artificial, com base em amostras coletadas de 2 mil pacientes positivos e negativos para a Covid-19, é capaz de responder se o paciente está ou não com o vírus no organismo.
“Nosso teste, chamado de FTIR é um teste baseado no infravermelho. O teste detecta através de agrupamentos químicos as alterações celulares e fisiológicas que acontecem no seu organismo por meio da saliva. O aparelho permite detectar as ondas, que são os agrupamentos químicos para cada onda e conseguimos identificar quem está no momento doente ou não”, afirma Fernanda Van Petten, pesquisadora da UFU.
Segundo Mário Machado, pesquisador da universidade, a tecnologia já era utilizada para o diagnóstico de outras doenças até a chegada da pandemia. “A gente já tinha essa tecnologia desenvolvida para outros diagnósticos. Quando surgiu a pandemia, em acordo com o MCTI começou a se desenvolver essa tecnologia para a Covid-19. A gente usou mais de 2 mil amostras de pacientes positivos e negativos, traçamos esses perfis e com eles foi desenvolvida a Inteligência Artificial”, disse.