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Ministro destaca programa antártico e acordos espaciais em webinário da Apecs Brasil
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, participou nesta terça-feira (15) do webinar "Experiência em Ambientes Remotos: Conexão entre Antártica e o Espaço", promovido pela Apecs Brasil, a Associação de Pesquisadores e Educadores em Início de Carreira sobre o Mar e os Polos. O ministro destacou os investimentos do MCTI no Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), que mantém uma base brasileira na Antártica, e as iniciativas da pasta para desenvolver o setor espacial do país.
Pontes mencionou a Estação Antártica Comandante Ferraz, base de pesquisadores brasileiros no continente gelado e o módulo Criosfera 1, que envia dados meteorológicos para o Brasil.
“Nós temos a nova Estação Comandante Ferraz, eu fui visitar, é algo incrível, e também o Criosfera 1. Esses dados meteorológicos de lá interferem no clima de todo o continente. Por isso eles são importantes. Agora, nós criamos no INPE/MCTI, um programa chamado BIG, que é a Base Integrada Georreferenciada que vai pegar dados de Antártica, oceano, floresta amazônica, outros biomas, somar esses dados e criar modelagens e simulações para estudar mudanças climáticas”.
Outro destaque é a futura criação do Instituto Nacional do Mar para coordenar as pesquisas oceânicas, e o projeto SALAS MCTI. “Com a Marinha do Brasil nós estamos criando o Instituto Nacional do Mar, trazendo a melhor ciência no mar em todo nosso litoral e parcerias com outros países. Esses dados vão ser integrados no BIG, que vai ser um projeto extremamente importante, tudo isso se soma ao projeto SALAS, de laboratórios remotos, na Floresta Amazônica. Esses laboratórios vão ser equipados para pesquisas, ser tripulados por cientistas por 4 a 6 meses de forma a trabalhar com a população local e coletar ativos que vão ser transferidos para laboratórios em todo o país”.
Na área espacial, o ministro falou sobre as iniciativas para acelerar o Programa Espacial Brasileiro a partir do uso comercial do Centro Espacial de Alcântara no Maranhão.
“Ontem (14) nós assinamos com a NASA um protocolo de intenção para participação do Brasil no projeto Ártemis, que prevê operações na Lua e em Marte no futuro, o desenvolvimento de equipamentos como rovers, presença de pessoas na Lua. O Programa Espacial Brasileiro está decolando depois de muito tempo. Nós temos o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) assinado. No ano que vem começam as operações de melhoria de infraestrutura do Centro de Alcântara, com as comunidades, escolas e os primeiros lançamentos de foguetes nacionais e internacionais, a aplicação comercial”.
O ministro também citou ações para o desenvolvimento de satélites nacionais, como o Amazônia 1, desenvolvido pelo INPE/MCTI com lançamento previsto para fevereiro, na Índia. Já a respeito do trabalho em áreas remotas, o ministro citou como essenciais o conhecimento dos sistemas e plataformas, os cuidados emocionais e o acompanhamento por profissionais.
“Tanto a Estação Antártica quanto a Estação Espacial Internacional são oásis em ambientes hostis, nos quais você depende totalmente da tecnologia, dos sistemas de manutenção da vida para que você continue vivo e tenha conforto. Quando você opera em locais hostis, você precisa ter em mente que aquilo é uma concessão da tecnologia. É importante conhecer seus sistemas, conhecer o que fazer e ter a atitude de continuar a lutar mesmo nas situações mais difíceis”.
Confira como foi a íntegra do webinar no link: