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Representantes da sociedade da região Centro-Oeste se reúnem para construir diretrizes do Plano Nacional para a Década do Oceano
Ao longo desta semana, de 9 a 13 de novembro, será realizada a Oficina Subnacional da Região Centro-Oeste, parte de uma agenda de eventos que seguirá até dezembro para construir de forma colaborativa o Plano Nacional para a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável. As diretrizes traçadas ajudarão o Brasil a planejar ações em favor do ecossistema marinho-costeiro, para serem executadas no período de 2021 a 2030. A participação e o engajamento de diferentes setores da sociedade são parte essencial para o desenvolvimento de um plano nacional que contemple os anseios, desafios e particularidades de todas as regiões do país na preservação do ecossistema marinho-costeiro.
A Região Centro-Oeste possui área que corresponde a 19% do território nacional. Apesar de ser a segunda maior em extensão, é a segunda menos populosa e a única não banhada pelo mar. “A região não possui nenhum estado costeiro, mas é igualmente influenciada por características do oceano, como as climáticas, da mesma forma que influencia a zona costeira, a exemplo da cadeia de exportação de insumos, que impacta a dinâmica portuária. Além disso, concentra instituições governamentais e não-governamentais que possuem um importante papel na estruturação e gestão da ciência oceânica”, explica a coordenadora-geral de Oceano, Antártica e Geociências do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Karen Silverwood-Cope.
Ao longo do evento, integrantes de órgãos públicos, pesquisadores, gestores, empresários, técnicos, comunicadores e representantes da sociedade civil discutirão quatro temas transversais estruturantes para a Década do Oceano: desenvolvimento científico; formação de profissionais; infraestrutura e acesso a informações; comunicação e sensibilização.
“Como desenvolver a ciência oceânica associada à Agenda 2030? Como os diferentes cursos em áreas correlatas à Década do Oceano podem se alinhar para formação de profissionais? Como estimular a participação e contribuição destes profissionais em todos os setores da sociedade? Como políticas públicas podem auxiliar no processo? Como promover a comunicação engajando diferentes setores da sociedade? Queremos dar visibilidade a essas questões na oficina subnacional Centro-Oeste, com atenção e discernimento para garantir o que queremos para essa nova década costeira”, afirma Ronaldo Christofoletti, professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN).
A Década do Oceano foi proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que todos os países voltem a atenção ao oceano para conscientizar a população global sobre a sua importância e mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil organizada em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares.
Construção do Plano Nacional
A agenda de eventos regionais para a construção de diretrizes do Plano Nacional para a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável será concluída com a oficina do Centro-Oeste. As regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul já participaram. O calendário termina em 2 de dezembro com o webinário nacional “O que temos e para onde vamos”, que trará os resultados de todos os encontros regionais, com um panorama nacional. A série é uma iniciativa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marinha do Brasil, UNESCO Brasil, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e Rede ODS Brasil.
A programação completa está disponível no site http://decada.ciencianomar.mctic.gov.br/.
Acompanhe a agenda dos próximos eventos:
02 de dezembro: II Webinar Nacional – O que temos e para onde vamos?
http://decada.ciencianomar.mctic.gov.br/eventos/segundo-webnar-nacional/