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Seminário Marco Zero avalia 116 projetos selecionados para enfrentamento da Covid-19
Foto: Leonardo Marques - ASCOM/MCTI
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Ministério da Saúde deram início, nesta segunda-feira (5), ao Seminário Marco Zero de avaliação dos projetos contemplados na chamada pública para enfrentamento da Covid-19. Fruto de uma parceria entre as duas pastas, a chamada já investiu um total de R$ 65 milhões em 116 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação no combate à Covid-19.
Durante cinco dias, o Seminário Marco Zero vai reunir, de forma virtual, representantes dos ministérios e pesquisadores para discutir diversos aspectos relacionados à execução dos projetos. Em virtude da pandemia, o evento será realizado totalmente on-line, com apresentações e debates divididos em 17 salas temáticas.
Na abertura do seminário, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, ressaltou que o evento ocorre em um momento ideal, durante o Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações, decretado pelo presidente Jair Bolsonaro para mostrar a importância do setor para o desenvolvimento do país. “Nós vemos durante a pandemia o quanto a ciência e a tecnologia são essenciais para a sobrevivência da humanidade em um momento tão difícil. A única arma que nós temos para vencer esse vírus é a ciência.”
Marcos Pontes reforçou a parceria realizada entre os diversos ministérios do governo federal nas ações de combate contra a Covid-19. “Temos ministérios que trabalham em conjunto, em harmonia. Para enfrentar problemas grandes, precisamos dessa união. E ciência e tecnologia são transversais e estão presentes em diferentes áreas como saúde, na economia e na agricultura.”
A Chamada Pública MCTI/CNPq/FNDCT/MS/SCTIE/Decit Nº 07/2020 - Pesquisas para enfrentamento da COVID-19, suas consequências e outras síndromes respiratórias agudas graves - foi lançada em abril e previa o investimento de R$ 50 milhões: R$ 30 milhões são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e R$ 20 milhões do Ministério da Saúde. As propostas apresentadas deveriam seguir um dos temas: Tratamento, Vacinas, Diagnóstico, Patogênese e História Natural da Doença, Carga de Doença, Atenção à Saúde e Prevenção e Controle.
Ao todo, foram recebidas 2.219 propostas. Destas, os recursos disponíveis naquele momento possibilitaram o apoio a 90 propostas. Mais tarde, o MCTI disponibilizou recursos adicionais de R$ 15 milhões para apoio de mais 26 projetos.
SUS
O secretário Executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, destacou a participação expressiva da comunidade científica na chamada pública, com a apresentação de mais de 2 mil propostas. “Essas pesquisas são importantes na busca de soluções para o maior sistema de saúde pública do mundo, onde se busca um atendimento de qualidade para toda cidadão brasileiro.”
Para o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, o seminário será um momento de aproximação entre as áreas técnicas dos ministérios e os pesquisadores. Segundo ele, nos encontros serão discutidos ajustes metodológicos e outros aspectos dos projetos selecionados para atender, da melhor forma possível, as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) no combate ao coronavírus. “É um momento importante de interação e cooperação entre todos os envolvidos nesses projetos.”
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, reiterou que os projetos selecionados pela chamada pública deverão dar um retorno para a sociedade brasileira. “O essencial desse Seminário Marco Zero é que esses projetos de pesquisa de pesquisa científica sejam avaliados e se tornem importantes para o SUS e para o cidadão brasileiro, transformando ciência em saúde.”
Comunidade científica
O trabalho em tempo recorde na análise dos projetos submetidos à chamada pública foi destacado pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Vilela. “O CNPq tem uma participação muito presente com a comunidade científica brasileira e obtém dela o trabalho permanente na busca da qualidade dos projetos que financiamos.”