RNP em Foco: “A RNP abraçou todas as aplicações que tem a ver com educação, com a pesquisa e com a inovação”, destaca diretor

Na programação do Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações (MNCTI), a entrevista dessa quarta-feira (14) foi com o diretor da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Nelson Simões. As atividades acontecem sob a coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) ao longo do mês de outubro. A entrevista contou com a participação da pesquisadora Lúcia Melo e do físico Nelson Pretto.

A entrevista com o diretor da RNP, que é uma organização social vinculada ao Ministério, tratou de temas como a história da instituição no Brasil, suas atividades atuais, e os desafios e as oportunidades para o futuro.

Nelson Simões falou sobre o início da RNP ao constituir redes que pudessem ser mantidas e desenvolvidas com os seus objetivos públicos – conectar a escola, conectar a saúde, conectar a educação – “esse sistema se expandiu e conseguiu se interiorizar”, ao dizer que “hoje a gente pode afirmar que o sistema RNP é formado por centenas de internet, milhares dela”.  

O diretor destacou que a RNP está formada desde 1999 como um programa interministerial. É a política de ciência, tecnologia e inovação e a política de educação superior que fomenta o sistema RNP, “que faz crescer, se desenvolver, e eu acho que esse é um dos grandes méritos da liderança do MCTI, histórica – começa lá no CNPq, no final dos anos 80 e que permanece até hoje”, disse.

Nelson Simões apontou que a RNP abraçou todas as aplicações que tem a ver com educação, com a pesquisa e com a inovação. E que hoje, a organização precisa apoiar a transformação digital da educação brasileira.

A pesquisadora Lúcia Melo ressaltou o quão é importante valorizar a ciência e a tecnologia no Brasil. “Era uma Semana Nacional, agora é o Mês da Ciência e Tecnologia, na verdade devia ser o ano, o século, porque a gente está no século da ciência e tecnologia e não tem como andar para trás mais nessa compreensão. Pobre do país que não entender que o século é da ciência e tecnologia – e a pandemia está mostrando com muita clareza como nós dependemos da ciência, para a sociedade poder se beneficiar dela”, disse.

De acordo com a pesquisadora, o fato da RNP ter trazido no seu DNA o conjunto de preocupações dessa implantação, foi fundamental para o Brasil entrar no “clube” dos países que disponham de capacitação, de competência e de infraestrutura. Inicialmente direcionada para a pesquisa e para a educação, mas que logo foi inspiradora para todo o progresso do uso da internet no Brasil, em todos os setores.  

O físico Nelson Pretto destacou a história do movimento que tinha como ideia “vamos fazer uma rede nacional de pesquisa”. Para ele, a internet nasce muito conectada com aquilo que é a missão da universidade - produzir conhecimento – “e socializar esse conhecimento para que a gente possa exercer o papel de intelectuais públicos. Isso é muito importante porque a origem da internet e a montagem da RNP demonstra que a internet foi uma política de estado nesse país”, apontou.

Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações

O MNCTI foi instituído pelo decreto nº 10.497/2020, que atribui a coordenação do evento ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Ao longo de outubro, o canal do YouTube do MCTI traz centenas de horas de conteúdo online para mobilizar e levar a ciência, tecnologia e inovações mais perto do dia a dia da população.

A cada dia, uma organização vinculada ao MCTI leva ao ar uma série de palestras, oficinas e conteúdos que podem ser acompanhados em www.youtube.com/mctic.

Confira também a programação completa do Mês em https://snct.mcti.gov.br.