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Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovações - MNCTI
Observatório Nacional apresenta sua história para sociedade brasileira
O Observatório Nacional (ON) – unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – contemplou na manhã dessa segunda-feira (5) uma apresentação da instituição e como são desenvolvidas suas atividades.
Localizado no Rio de Janeiro, a entidade possui como função principal monitorar as variações do campo magnético ao decorrer dos anos e com isso obter importantes informações sobre o interior profundo da terra. O Observatório Magnético de Vassouras (OMV) está localizado na região da anomalia magnética do Atlântico Sul, que é aonde o campo magnético da Terra é mais fraco do que em todo o globo. “É como se a terra fosse um enorme quebra-cabeça e o geofísico tentasse juntar essas peças para entender o todo”, exemplificou Katia Pinheiro, coordenadora dos Observatórios Magnéticos.
Criado oficialmente em 1827, o Observatório Nacional é uma das mais antigas instituições brasileiras de pesquisa, ensino e prestação de serviços tecnológicos.
O diretor do ON, João dos Anjos falou da expansão que o Observatório de Vassouras passa em duas direções – clima espacial e lixo espacial. “Nós estamos fazendo um convênio com o Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - para instalar também em Vassouras, magnétons que possam medir essa variação do clima espacial. E vamos colocar um telescópio em Vassouras, para acompanhar esses detritos espaciais que são perigosos para os satélites. Temos um campus avançado, e em parceria com o Inpe, instalar no OMV estações meteorológicas que ajudam também na previsão do clima”, explicou o diretor, ao ressaltar que, entre outros pontos, “espera-se assim, contribuir para o desenvolvimento da ciência no Brasil”.
Para o pesquisador do Observatório Nacional, Cosme Ponte Neto a importância dos observatórios no estudo dos campos geomagnéticos a partir da tecnologia aeroespacial permitiu o uso de satélites para as medidas do “campo”, para o posicionamento e para uma série de aplicações importantes da geofísica. “Está exatamente no fato de você ter que calibrar esses dados, satélites permitem que sejam feitas medidas precisas do campo geomagnético e também do posicionamento, você determina a latitude e a longitude de um ponto específico da Terra”, disse.
O pesquisador falou também que isso tradicionalmente sempre foi feito, com um posicionamento astronômico e o uso da bússola na navegação que foi de certa forma substituído pelo uso da tecnologia de satélites através do GPS e outros sistemas de posicionamento. Contudo, conforme explicou Ponte Neto, a bússola ainda é importante por ser um equipamento que só depende do campo geomagnético e funciona em uma estação de planner, o que a torna ainda um instrumento obrigatório em aeronaves e embarcações.
Popularização da Ciência
Durante a apresentação do Observatório Nacional, foi apresentado vídeo institucional sobre a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, demonstrando as atividades realizadas junto à população local.
Ana Carolina, mestranda em astrofísica do ON, desenvolve trabalho com galáxias e ressaltou a relevância da divulgação científica, para a sociedade e governo, assim como a importância da aplicação de recursos financeiros/orçamentários no setor. “Nós que trabalhamos com pesquisa, tanto na astronomia quanto em outras áreas é muito importante a gente trabalhar com divulgação, prestar para a sociedade as contas do que nós estamos fazendo. É muito importante a gente fazer uma Semana da Ciência, de divulgação da Ciência e da Tecnologia. E precisamos mostrar para o Governo e para a população que a gente precisa desse investimento em ciência. Mostrar para o público também atividades, jogos e demonstrações e como usamos a astronomia para desenvolver conhecimento na física - para entender os astros, para entender as galáxias, para entender as estrelas.”